Lucro da dona do Continente sobe 38% para 200 milhões até setembro
Resultados da empresa da Maia beneficiaram com a integração dos novos negócios e pelo retalho. Investimento abrandou após onda de aquisições acima de mil milhões. Receitas superam oito mil milhões.
A Sonae fechou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 200 milhões de euros, o que representa um aumento de 38% face aos 149 milhões registados no período homólogo. A impulsionar os lucros esteve “a melhoria do desempenho operacional dos negócios e a solidez da estrutura financeira“, justifica a empresa em comunicado. Já o volume de negócios ficou acima dos oito mil milhões de euros.
O volume de negócios consolidado cresceu 17%, para 8,2 mil milhões de euros, “com expansão orgânica, reforço de posições de liderança, exploração de sinergias e gestão ativa do portefólio”, adianta a empresa.
Já o EBITDA aumentou 22%, para 861 milhões de euros, também a refletir o desempenho dos negócios consolidados, com destaque para a MC, que concluiu, no ano passado, a combinação da Druni e da Arenal.
“Este trimestre volta a demonstrar a capacidade da Sonae para crescer com disciplina e propósito, enquanto grupo diversificado de empresas líderes. Após integrarmos, de forma bem-sucedida, novos negócios e consolidarmos parcerias, começamos agora a beneficiar de um portefólio mais forte e coeso“, realça Cláudia Azevedo, CEO da empresa, numa mensagem na apresentação de resultados divulgados esta quarta-feira.

A líder da empresa da Maia destaca o “forte crescimento” do segmento alimentar no terceiro trimestre, “suportado pelo sólido crescimento de volumes”, realçando que “na área de saúde, bem-estar e beleza, o desempenho foi igualmente robusto, com um crescimento LfL de 6,9%, apoiado pelo excelente desempenho da Wells e da Druni”. No que diz respeito à Druni, cuja integração foi concluída no ano passado, a Sonae já trouxe a marca para Portugal, com a abertura da primeira loja no Porto.
A Druni continuou a expandir-se rapidamente, tendo aberto a sua primeira loja em Portugal. “Nestes negócios, continuámos a reforçar as nossas posições de liderança – com o Continente a consolidar a sua liderança no retalho alimentar português e a Wells, Druni e a Arenal a reforçarem a sua presença no setor de saúde, bem-estar e beleza na Península Ibérica“, reforça a empresária.
No retalho alimentar, saúde, bem-estar e beleza, a MC registou um aumento do volume de negócios de 19,2% para 6,4 mil milhões de euros, até setembro. Olhando para o segmento alimentar da MC, a marca Continente manteve ganhos de quota de mercado e reforçou “a sua posição como líder do retalho alimentar em Portugal”, diz o comunicado.
“As vendas LfL cresceram 9% no terceiro trimestre de 2025, refletindo sobretudo um sólido crescimento de volumes, o que impulsionou as vendas em 10% face ao período homólogo, para 1,9 mil milhões de euros”, detalha o mesmo documento.
Já a Worten registou um volume de negócios de 1.012 milhões de euros até setembro, um crescimento de 7,5% face ao mesmo período do ano passado. “Este desempenho sólido reflete a resiliência das suas categorias core – nomeadamente, eletrodomésticos e eletrónica – e o sucesso da sua estratégia omnicanal, com as vendas online a crescerem a dois dígitos”, justifica a CEO do grupo.
No retalho de produtos e cuidados para animais de estimação, “a Musti reportou ganhos de quota de mercado e uma melhoria contínua da margem bruta, reforçando ainda mais a sua posição de liderança num mercado de pet care em recuperação”, explica a empresa em comunicado, adiantando que as vendas atingiram 369 milhões de euros, nos nove meses.
Depois de um período marcado por níveis de investimento históricos, para financiar várias aquisições no exterior, a empresa da Maia revela que investiu 601 milhões de euros nos últimos 12 meses, “com destaque para a aposta na expansão orgânica dos negócios, nomeadamente no retalho nos diversos mercados em que a Sonae está presente, bem como em movimentos importantes do portefólio internacional”.
Este valor compara com um investimento acima de 1,6 mil milhões de euros no período homólogo, com uma grande fatia deste valor destinado a aquisições: 1.071 milhões de euros. Recorde-se que a empresa concluiu a aquisição da Musti, da Arenal/Druni e da BCF Life Sciences, operações que permitiram reforçar a sua exposição internacional.
“Olhando para o futuro, continuaremos focados na execução da nossa estratégia e em aproveitar a força do nosso portefólio para captar novas oportunidades de crescimento“, remata a CEO Cláudia Azevedo.
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