Portugal emite dívida a três e nove anos

O Tesouro português regressa aos mercados na próxima semana. Quer levantar até 1.250 milhões de euros em títulos de longo prazo, numa altura em que juros estabilizaram.

Portugal estará de novo no mercado de dívida na próxima semana. O Tesouro conta emitir até 1.250 mil milhões de euros em obrigações a três e nove anos na próxima quarta-feira. E isto numa altura em que os juros parecem ter travado a escalada que protagonizaram no início do ano.

Em vista estão duas linhas com maturidade em 2020 e 2026, adiantou esta sexta-feira o IGCP, que pretende obter na operação um montante entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros com estes títulos.

Esta operação é anunciada numa altura de relativa acalmia nos mercados secundários de dívida, depois de um início de ano bastante turbulento e que afetou de forma particular Portugal e condicionou o acesso ao financiamento primário.

Fatores como a menor disponibilidade de dívida portuguesa ao alcance do programa de compras do Banco Central Europeu (BCE), alta da inflação e risco específicos do país contribuíram para criar um cenário de aversão ao risco no mercado nacional ao longo das primeiras semanas do ano e atirar os juros a 10 anos para níveis acima de 4%.

Foi neste cenário de pessimismo que, na última operação de longo prazo de Portugal, o resultado do leilão se cifrou num agravamento acentuado dos custos de financiamento para a República quando a agência liderada por Cristina Casalinho vendeu no início de fevereiro 1.180 milhões de euros em obrigações a cinco e sete anos. Na emissão a sete anos, de resto, a taxa paga foi sensivelmente o dobro daquela que havia conseguido apenas oito meses antes.

Neste momento, o clima de tensão parece, no entanto, estar ultrapassado. A yield implícita nas obrigações a 10 anos segue estável ligeiramente abaixo de 4%.

(Notícia atualizada às 13h31)

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