Inflação acelera para 7% em março no Reino Unido, um máximo de 30 anos
Preços no consumidor no Reino Unido atingem máximos de três décadas. Custos das matérias-primas e dos combustíveis para automóveis foram os maiores impulsionadores da subida da inflação.
A inflação no Reino Unido atingiu máximos de 30 anos, acelerando para 7% em março e agravando o custo de vida que ameaça a recuperação económica pós-pandemia, noticia a Bloomberg.
A impulsionar a subida da inflação estiveram aumentos na generalidade das componentes, com destaque para o custo das matérias-primas, que registou uma subida recorde de 19,2%, e para os combustíveis automóveis, que aceleraram 9,9% desde fevereiro, o maior aumento em 31 anos. O custo das refeições em restaurantes, hotéis, mobiliário, vestuário e calçado também contribuíram para a subida.
Os dados de março, que marcam o sexto mês consecutivo em que a inflação excede as estimativas dos economistas, antecedem a próxima reunião do banco central do Reino Unido, na qual os decisores políticos irão atualizar as previsões. As estimativas do Banco de Inglaterra para os próximos meses apontam para uma subida da inflação para 8%, sendo esperado que volte a aumentar as taxas de juro no início de maio.
Face à previsão de uma subida ainda maior dos preços neste mês, aumenta também a pressão sobre o Governo britânico e o Banco de Inglaterra para agir, numa altura em que os custos da energia, que subiram 54%, atingem as contas das famílias.
Esta quarta-feira, o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, afirmou que o país está a assistir “ao aumento dos custos causado pelas pressões globais” nas cadeias de abastecimento e nos mercados energéticos, que “poderiam ser ainda mais exacerbados pela agressão russa na Ucrânia”. “Sei que este é um momento preocupante para muitas famílias e é por isso que estamos a tomar medidas para aliviar os encargos“, sublinhou.
“A crise do custo de vida na Grã-Bretanha – no bom caminho para ser a maior desde meados dos anos 70 – continuará a agravar-se antes de começar a abrandar em algum momento do próximo ano”, disse Jack Leslie, economista sénior da Resolution Foundation, um think tank britânico que faz campanha contra a pobreza, citado pela Bloomberg.
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