Lucro da Jerónimo Martins sobe 52,4% para 88 milhões no 1.º trimestre

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Abril 2022

A dona do Pingo Doce registou um lucro de 88 milhões no primeiro trimestre do ano, com as vendas a ascenderem a 5.513 milhões de euros. Presidente assume "esforço de contenção dos preços de venda".

A Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, registou um lucro de 88 milhões de euros durante os primeiros três meses de 2022, o que equivale a uma subida homóloga de 52,4%, segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Entre janeiro e março, as vendas da retalhista portuguesa, que tem operações também na Polónia e na Colômbia, ascenderam a 5.513 milhões de euros, ou seja, aumentaram 15,2% face ao mesmo período do ano passado.

Citado no comunicado divulgado esta quinta-feira, o presidente da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, sublinha que as insígnias detidas pelo grupo terminaram os primeiros três meses de 2022 com um “sólido desempenho” numa altura ainda mais crítica devido ao “contexto de inflação crescente, agravado pela guerra na Ucrânia”, perspetivando, nesse sentido, que a subida de preços dos produtos alimentares, da energia e do combustível “será muito superior” ao estimado no início do ano.

Para fazer face a esse cenário, a empresa refere que assegurará a “contenção dos preços de venda” e o “investimento em fortes campanhas promocionais”, pelo que mantém, assim, as perspetivas para o ano tal como apresentadas a 9 de março de 2022, dia em que divulgou os resultados de 2021.

O crescimento das vendas “permitiu mitigar o efeito da inflação ao nível dos custos, que aumentou a partir de março”, e contribuiu para o aumento do EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo em 15,5%, para 372 milhões de euros, mantendo a margem nos 6,7%, em linha com o primeiro trimestre de 2021.

Os custos financeiros líquidos ascenderam a 45 milhões de euros até março, tal como no período homólogo, incluindo “perdas de conversão cambial de 4 milhões de euros, relativas a ajustes de valor das responsabilidades com locações operacionais capitalizadas na Polónia denominadas em euros, que no primeiro trimestre de 2021 tinham sido de 6 milhões de euros.

Supermercados Recheio recuperam e segmentos internacionais com “forte” desempenho

Por insígnia, o destaque vai para os supermercados Recheio, que registaram uma “forte recuperação de vendas” alavancada pela “ausência de restrições relacionadas com a pandemia e a retoma da atividade turística”. As vendas deste segmento aceleraram 31,6%, para 228 milhões de euros, em comparação com o período homólogo do ano passado, enquanto as vendas do Pingo Doce tiveram um crescimento homólogo de 6%, para 985 milhões de euros.

Na Polónia, a Biedronka abriu 16 lojas (11 adições líquidas) e remodelou 61 localizações, fechando os três primeiros meses do ano com um crescimento de 15,4% nas vendas em moeda local. A faturação da Hebe teve um “forte desempenho” (28%), aumentando as vendas para 72 milhões de euros entre janeiro e março.

A colombiana Ara registou o maior crescimento de vendas do grupo (65% em moeda local, 61,3% em euros) no período em análise, beneficiando do “aumento da inflação registada no cabaz, embora sempre abaixo do registado no país”.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h34)

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