Axel Lehmann sucede a Horta Osório como CEO do Credit Suisse

  • Lusa
  • 29 Abril 2022

O novo presidente do banco suíço foi eleito com uma maioria de 95,31% dos votos dos acionistas.

Os acionistas do Credit Suisse elegeram esta sexta-feira Axel Lehmann para presidente do grupo financeiro suíço e aprovaram a proposta de distribuição de um dividendo total em dinheiro de 0,10 francos (0,098 euros) por ação para o exercício de 2021.

Axel Lehmann sucede António Horta Osório como presidente do Conselho de Administração do Credit Suisse Group, após o gestor português ter renunciado ao cargo em 17 de janeiro, nove meses depois de ter assumido a liderança da instituição bancária, na sequência de uma investigação interna para determinar se teria ou não quebrado as regras em vigor para fazer face à crise pandémica de covid-19.

O novo presidente foi eleito com uma maioria de 95,31% dos votos dos acionistas representados na assembleia-geral ordinária. “Juntamente com os membros do Conselho de Administração recém-eleitos e aqueles que foram reeleitos, estou totalmente comprometido em continuar a fortalecer o Credit Suisse e restaurar a confiança”, disse Axel Lehmann na ocasião.

E prosseguiu: “Sabemos claramente o que o Credit Suisse deve representar: uma forte orientação para o cliente, bem como uma cultura de risco e liberdade de expressão para criar valor duradouro para os acionistas, clientes, funcionários e reguladores”. Nesse sentido, “estou convencido de que estamos no caminho certo”, considerou o gestor.

O executivo, de 62 anos, entrou para o Conselho do Credit Suisse em outubro de 2021 para chefiar o comité de risco após uma série de escândalos que ocorreram no grupo financeiro. Esteve ligado ao UBS desde 2009, onde assumiu vários cargos de chefia e se tornou posteriormente presidente da divisão de ‘Personal and Corporate Banking’ e presidente do UBS Suíça entre 2018 e 2021.

Teve ainda uma carreira inicial ligada ao setor dos seguros, tendo passado também por empresas como a Swiss Life ou pela Zurich, onde acabou por ser diretor de Risco da seguradora.

Aquando da renúncia, António Horta Osório lamentou que “várias das suas ações pessoais tenham levado a dificuldades para o banco”. Na declaração feita por si, o gestor português disse ainda que acreditava que a sua demissão tinha “em conta o interesse da instituição e dos seus acionistas” numa “altura crucial” para a instituição financeira.

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