Depois da demissão no Credit Suisse, Horta Osório recebe título de Sir

Após ter renunciado ao cargo de chairman do Credit Suisse, António Horta Osório foi na quarta-feira condecorado com título nobiliárquico de Knights Bachelor pela Casa Real Britânica.

Numa declaração por escrito enviada ao ECO, António Horta Osório diz sentir-se “muito honrado por receber um prémio com tamanho prestígio”. “Passei mais de metade da minha vida profissional no Reino Unido e foi um privilégio ter liderado o Lloyds Banking Group durante uma década”, acrescenta. Horta Osório afirma ainda que esta condecoração é um reconhecimento a nível pessoal, mas diz refletir o esforço de muitos milhares de trabalhadores do Lloyds, que trabalharam para conseguir devolver o dinheiro injetado no banco pelos contribuintes britânicos.

Esta distinção já havia sido anunciada em junho do ano passado, contudo, só esta quarta-feira decorreu a cerimónia de condecoração. A cerimónia de investidura decorreu no Castelo de Windsor, no Reino Unido, e foi entregue Princesa Ana, que substituiu a Rainha Isabel II na cerimónia.

Com esta distinção, o banqueiro português recebe o título de “Sir“, que é apenas concedido por quem prestou um serviço excecional ao Reino Unido e atribuído pela Rainha Isabel II. Na altura, as justificações dadas para a atribuição deste título foram “os serviços prestados no setor financeiro (como presidente executivo do Lloyds Banking Group)” e ainda “os serviços de voluntariado nas aéreas da saúde mental e da cultura”.

Recorde-se que Horta Osório se demitiu do cargo de chairman do CreditSuisse a 17 de janeiro deste ano, depois de ter violado as regras de confinamento da Covid-19. Em face desta violação, o banqueiro foi condenado ao pagamento de uma multa de dois mil francos suíços (1.925 euros), segundo avançou a Reuters, citando o jornal suíço Blick.

Com 58 anos, além do Credit Suisse, António Horta Osório ganhou notoriedade internacional enquanto líder do Lloyds Bank. Foi em 2011 que o gestor deixou o Santander para assumir os comandos do maior banco de retalho do Reino Unido. Nessa altura, o banqueiro viu-se obrigado a gerir várias crises na instituição, na sequência da crise financeira de 2008.