Guerra pode ter travado atividade económica no final de abril
Indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal regista variação homóloga inferior, uma alteração na tendência de estabilidade que se registava nas últimas semanas.
As ondas de choque da invasão russa à Ucrânia já estarão a castigar a atividade económica portuguesa. Na semana terminada a 1 de maio, o Banco de Portugal registou uma alteração na tendência do indicador diário de atividade económica (DEI), que apresentou uma taxa de variação homóloga inferior à da semana anterior.
Mesmo com o início da guerra na Europa, a economia nacional surpreendeu no primeiro trimestre, com o Produto Interno Bruto (PIB) a crescer 2,6% em cadeia. Além disso, nas últimas semanas, o indicador diário de atividade económica (DEI) do Banco de Portugal tinha-se mantido estável.
No entanto, na última semana de abril, já se nota uma queda na variação homóloga do DEI (primeiro gráfico), o que pode significar um abrandamento da atividade económica em Portugal. O recuo também é visível no DEI acumulado num período de três anos (segundo gráfico), que ajuda na comparação com o período pré-pandemia.
Indicador diário de atividade económica:
Apesar de diário, o DEI é publicado semanalmente, à quinta-feira. Este indicador “cobre diversas dimensões correlacionadas com a atividade económica em Portugal, sumariando a informação das seguintes variáveis diárias: tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes”, explica o Banco de Portugal.
Depois do choque da pandemia, as economias ocidentais lidam desde o final de fevereiro com uma série de disrupções provocadas pela invasão russa à Ucrânia (bem como com o próprio conflito). A guerra agravou a subida da inflação, castigando as famílias e as empresas.
Nos EUA, a Fed anunciou na quarta-feira uma subida histórica dos juros para tentar conter a subida de preços, um novo ciclo económico que ameaça com uma recessão.
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