Tecnologia termina “rally” da Fed em Wall Street
Praças norte-americanas arrancam a sessão em baixa, penalizadas pelo setor tecnológico. Subida nos pedidos de subsídio de desemprego pesa em Wall Street, depois de os índices terem disparado até 3%.
As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta quinta-feira a negociar em baixa. Os índices corrigem dos fortes ganhos da sessão anterior, numa altura em que os investidores ainda digerem a decisão da Fed de aumentar os juros em 50 pontos base, o maior aumento desde 2000, bem como o aumento dos pedidos de subsídio de desemprego. A tecnologia pesa epecialmente em Wall Street.
O S&P 500 recua 0,98%, para 4.257,85 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cede 0,81%, para 33.784,98 pontos. Enquanto isso, o tecnológico Nasdaq desvaloriza 1,40%, para 12.783,35 pontos.
Na quarta-feira, o banco central norte-americano anunciou uma subida dos juros em 50 pontos base, a maior desde 2000, para combater a aceleração da taxa de inflação nos Estados Unidos, tal como esperavam os analistas. Não obstante, o presidente do banco central afastou a hipótese de uma subida de 75 pontos base nas próximas reuniões de junho e julho, o que desencadeou um rally nas bolsas e afundou os juros das obrigações no mercado secundário.
Os bancos centrais estão a apertar as condições financeiras num esforço para controlar a subida dos preços. Esta quinta-feira foi a vez de o Banco de Inglaterra anunciar que vai aumentar a taxa de juro de referência em 25 pontos base, colocando-a em 1%, apesar do receio crescente de que o país possa entrar em recessão.
Nesta sessão, em foco estão também os dados relativos ao mercado laboral, com os pedidos de subsídio de desemprego a aumentar na última semana, e as empresas a aumentarem os salários, o que pode contribuir para o aumento da inflação. Na semana terminada a 30 de abril, houve um aumento de 19 mil pedidos, para 200 mil no total, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho dos EUA. Os economistas ouvidos pela Reuters apontavam para um total de 182 mil pedidos.
Entre as cotadas que se destacam nesta sessão está o Twitter. As ações desta rede social avançam 3,65%, para 50,85 dólares, após Elon Musk ter anunciado que captou mais 7,1 mil milhões de dólares para financiar a sua proposta de aquisição da rede social. Ainda no setor tecnológico, a Meta, dona do Facebook, cede 2,46%, para 217,90 dólares, enquanto a Apple recua 2,36%, para 162,19 dólares.
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