Advocatus Summit Lisboa: Vendas de NFT afundaram 92%

“As Indústrias Criativas, os NFT e as Criptomoedas”, a Moneris protagonizou o oitavo painel. Com Armando Serapicos da Moneris, Pauline Foessel, da Artpool, e Rui Ferraz, da Innovarisk Underwriting.

Após quatro edições em Lisboa e duas no Porto, a Advocatus Summit está de regresso à capital. Este ano o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais decorre até 24 de maio.

Com o tema “As Indústrias Criativas, os NFT e as Criptomoedas”, a Moneris protagonizou o oitavo painel. Com Armando Serapicos, manager da Moneris, Pauline Foessel, fundadora e diretora da Artpool, e Rui Ferraz, Diretor Comercial | Innovarisk Underwriting, moderado por Flávio Nunes, editor do ECO.

Flávio Nunes, editor do ECO, começou por questionar Pauline Foessel sobre o que são, em concreto, os NFT. “No fundo são uma forma de certificar um asset digital: um pdf, um mp3, um jpeg. E esta certificação vem também com a propriedade. Passa a ser possível ser proprietário de um ativo digital”, explicou.

Flávio Nunes sublinhou que as vendas de NFT afundaram 92% entre setembro e a semana passada (19 mil por semana em comparação com 225 mil de há sete meses) e as pesquisas no Google deslizaram 89%, desde o pico.

Rui Ferraz explicou que o mercado do ano passado era uma novidade e dispararam as vendas. “Até cerca de novembro. Mas desde essa fase, o mundo foi mudando e houve uma série de NFTs que perderam o seu valor”. Porquê?: “Porque há uns mais ou menos raros. É um investimento que é feito por dois tipos de pessoas: uns que compram a peça e aguardam um período de tempo esperando que a mesma valorize e há outros que compram para revender a curto prazo”.

E sublinhou ainda que “estamos numa fase em que começam a subir as taxas de juro, há alguma pressão para regulamentar estes mercados, começam a haver demasiada oferta e muitos copy cats e as pessoas sentem alguma resistência em adquirir e a guerra na Ucrânia também não veio ajudar”.

Armando Serapicos, manager da Moneris (patrocinadora do evento) defendeu que Portugal transmitiu a imagem que é um bom sítio para fazer negócio com NFT ou criptomoedas porque não está regulamentado. “O que distingue uma prática ocasional ou prática de subsistência da pessoa? Existe essa ideia que em Portugal não se tributa nada mas não é bem assim. Apenas quem faz aquisições esporádicas de criptomoedas. A questão que se coloca é se colocamos mesmo que é tributada como mais-valia. O problema está como é que efetivamos a lei e ter as pessoas a declarar isto nos impostos. Como são entidades sem jurisdição, não reportam. A lei pode ser alterada mas depende do cumprimento voluntário das pessoas”.

Veja o vídeo.

Em debate estarão os temas “Crescimento da economia e competitividade para o Portugal do pós pandemia”, “Agribusiness em Portugal: tendências e perspetivas de investimento”, “Financiamento sustentável: novos desenvolvimentos”, “Criptoativos: da fiscalidade à regulação”, “As Novas Formas de Trabalho nas sociedades de advogados”, “Cibersegurança e ciber-resiliência no novo normal”, “Desafios da nova Lei de Bases do Clima”, “NFT e Criptoarte”, “ESG: Taxonomia e os Atos Delegados do Clima”, “Licenciamento urbanístico – necessariamente uma dor de cabeça?”, “Controle externo e riscos na gestão de fundos europeus”, “Imobiliário: as novas tendências de investimento”, “Whistleblowing: novas obrigações das empresas” e “A emergência dos ativos digitais”.

Os escritórios patrocinadores serão Abreu Advogados, AVM Advogados, CMS Portugal, Cuatrecasas, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Sérvulo & Associados, SRS Advogados, TELLES e Vieira de Almeida. E ainda a Moneris.

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