Cresap dá luz verde a Diogo Alarcão para o regulador dos seguros

Ex-presidente da Mercer Portugal teve parecer adequado da Cresap para a administração da ASF. Alarcão ainda terá de ir a audição no Parlamento antes de ser designado pelo Conselho de Ministros.

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Diogo Alarcão, ex-CEO da Mercer PortugalHugo Amaral/ECO

Diogo Alarcão já tem parecer favorável da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap) para o conselho de administração da Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Antes de ser nomeado para o regulador dos seguros pelo Conselho de Ministros, o ex-presidente da Mercer Portugal ainda terá de depor perante a Comissão de Orçamento e Finanças do Parlamento. A audição parlamentar é obrigatória no que diz respeito a nomeações para as entidades reguladoras, mas a avaliação dos deputados não é vinculativa para a decisão final do Governo.

Alarcão irá substituir o vice-presidente Filipe Serrano, cujo mandato terminou já em 2017, mas irá desempenhar as funções de vogal ao lado do ex-ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral. O cargo de vice-presidente deixará de existir. Margarida Corrêa de Aguiar lidera o regulador do setor segurador desde 2019.

A Cresap deu parecer adequado a Diogo Alarcão, antigo presidente da consultora de recursos humanos Mercer (onde desempenhou várias funções desde 2006). Contactada pelo ECO, a Cresap recusou fazer comentários por causa do sigilo do processo.

Antes da Mercer Portugal, Diogo Alarcão foi assessor do Presidente da Agência Portuguesa para o Investimento (2003-2006) e diretor da Direção de Investimento Internacional do ICEP (1996-2003). É licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa e concluiu um mestrado em Administração Comunitária no Colégio da Europa, Bélgica. Foi na Comissão Europeia onde iniciou a sua carreira profissional.

Medina com muitas vagas para preencher

Com a nomeação de Alarcão para a ASF, o ministro das Finanças, Fernando Medina, resolve um “buraco” que estava por tapar num dos reguladores financeiros, mas há mais questões em cima da mesa no que diz respeito a nomeações para outros reguladores financeiros e também para o IGCP.

Desde logo tem de substituir o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), depois de Gabriel Bernardino ter pedido a renúncia do cargo devido a problemas de saúde. O conselho de administração do regulador do mercado ainda tem mais duas vagas por preencher: o cargo de vice-presidente continua vazio, depois da saída de Filomena Oliveira em 2019; e ainda há outro lugar de administrador por ocupar.

No Banco de Portugal, um dos lugares de vice-presidente continua à espera de uma nomeação após a saída de Elisa Ferreira para a Comissão Europeia em 2019, enquanto o mandato do vice-presidente Máximos dos Santos terminou em junho de 2021. Em setembro terminam os mandatos de outros dois administradores: Luís Laginha de Sousa e Ana Paula Serra.

No IGCP, a agência que gere a dívida pública, o mandato da atual equipa terminou no início do ano e Cristina Casalinho está de saída.

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