Preço do cabaz de bens essenciais recua após três semanas a subir
Deco revela que o preço de um cabaz de produtos essenciais recuou 1,95 euros na última semana, quebrando uma série de três semanas consecutivas a subir. Custa 205,26 euros.
Após três semanas a subir, o preço de um cabaz de produtos essenciais recuou 1,95 euros, o que representa uma quebra de 0,94% face à semana anterior, passando a custar 205,26 euros, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco). Ainda assim, encareceu mais de 11% desde o início da guerra.
A invasão russa à Ucrânia veio acelerar ainda mais a subida de preços da energia. Em conjunto com os preços altos das matérias-primas e a seca, a conjuntura tem vindo a pesar na fatura das famílias portuguesas na hora de ir ao supermercado. Deste então, o preço de um cabaz de bens essenciais disparou 21,63 euros, o que representa um aumento de 11,78% face ao registado a 23 de fevereiro.
Em causa está a monitorização feita desde final de fevereiro a 63 produtos alimentares essenciais, que incluem o peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga.
Entre os produtos que registaram o maior aumento de preço desde o início da guerra e até à passada quarta-feira, a Deco destaca “a pescada fresca (mais 55%), o óleo alimentar 100% vegetal (mais 47%), o salmão (mais 47%), o frango inteiro (mais 27%), a farinha para bolos (mais 25%), o bife de peru (mais 23%), o carapau (mais 22%), a manteiga com sal (mais 18%), o arroz carolino (mais 18%) e a febra de porco (mais 17%).
Não obstante, após três semanas consecutivas de aumentos, o preço do cabaz de produtos essenciais voltou a recuar. Na última semana, o custo do cabaz recuou 1,95 euros, passando a custar 205,26 euros face aos 207,21 euros estimados a 11 de maio. Perante a análise destes dados, é possível concluir que as oscilações de preço são variáveis. Entre as 13 semanas analisadas, o maior aumento semanal foi registado entre 9 e 16 de março. Nessa semana, o mesmo cabaz encareceu 7,94 euros, passando a custar 191,58 euros, face aos 183,64 euros estimados a 9 de março.
No que toca especificamente à última semana, isto é, entre 11 e 18 de maio, a Deco destaca os 10 produtos que registaram as maiores subidas foram “a cenoura (mais 10%), os douradinhos de peixe (mais 8%), a maçã Gala (mais 8%), a cebola (mais 7%), a manteiga com sal (mais 6%), o carapau (mais 6%), os brócolos (mais 6%), o peito de peru fatiado (mais 6%), a couve-coração (mais 6%) e a pescada fresca (mais 5%).
Recorde-se, que, para fazer face à escalada de preços, o Governo colocou em marcha um pacote de medidas, na qual se inclui um apoio de 60 euros para as famílias mais carenciadas. Ao ECO, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social revelou que esse apoio vai abranger mais 280 mil famílias face ao anunciado, pelo que o número de beneficiários vai totalizar os 1.042.320, e será pago no dia 27 a quem ainda não recebeu o apoio.
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