Já há 37 casos confirmados de varíola dos macacos em Portugal
Foram identificados mais 14 casos de infeção pelo vírus Monkeypox, conhecido por “varíola dos macacos”, em Portugal. Com este novo balanço, há já 37 casos confirmados em território nacional.
Há mais 14 casos de infeção pelo vírus Monkeypox, conhecido por varíola dos macacos, em Portugal, informou esta segunda-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS). Balanço total sobe agora para 37 casos confirmados, tendo estes sido registados nas regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve.
“A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que foram confirmados mais 14 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, havendo, até ao momento, 37 casos confirmados nas regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve. Aguardam-se resultados relativamente a outras amostras”, adianta a entidade liderada por Graça Freitas, em comunicado,
O vírus Monkeypox é uma doença geralmente transmitida pelo toque ou mordida de animais selvagens infetados na África Ocidental e Central, podendo também transmitir-se através do contacto com uma pessoa infetada ou materiais contaminados. Os sintomas incluem “lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço”, explicou recentemente a DGS.
A DGS sinaliza ainda que estes 37 casos confirmados em Portugal “mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis e em ambulatório“, acrescentando ainda que estão em curso outros inquéritos epidemológicos “com o objetivo de identificar cadeias de
transmissão e potenciais novos casos e respetivos contactos”.
A entidade solicita ainda aos doentes com sintomas suspeitos que se abstenham “de contacto físico direto com outras pessoas e de partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estadio, ou outros sintomas”.
Entretanto, ao final da tarde, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) informa que uma equipa do instituto “foi a primeira a identificar a sequência genética do vírus Monkeypox”.
Em causa está uma equipa de especialistas do Núcleo de Genómica e Bioinformática do INSA que identificou “a sequência genética deste vírus” e partilhou-a “com a comunidade científica internacional, o que poderá contribuir para uma mais rápida e efetiva compreensão deste fenómeno”, destaca a entidade liderada por Fernando Almeida.
“A comparação das sequências genéticas do vírus Monkeypox obtidas nos vários países
poderá ser fundamental para a compreensão da origem do surto, bem como da forma
como se deu rapidamente a disseminação da doença”, sublinha o investigador João Paulo Sousa, do INSA, citado em comunicado, acrescentando que “uma boa caracterização deste tipo de surtos permite “retirar ensinamentos que podem ser-nos úteis para a adoção de medidas de saúde pública com vista a uma melhor monitorização e controlo do problema”.
(Notícia atualizada às 16h28 com o comunicado do INSA)
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