Salário mínimo responsável por 40% da subida das remunerações médias desde 2006
O diferencial entre os salários mais baixos e os salários médios diminuiu 13 pontos percentuais entre 2006 e 2019, mas sem o efeito do salário mínimo teria aumentado nove pontos.
Uma análise do Gabinete de Estratégia e de Estudos do Ministério da Economia mostra que a subida do salário mínimo entre 2006 e 2019 foi determinante para reduzir as diferenças salariais em Portugal, sendo responsável por 40% do aumento das remunerações médias nesse período, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago) esta segunda-feira.
Os mais beneficiados com esta política de aumento do salário mínimo foram as mulheres, os menos qualificados e quem trabalha em micro ou grandes empresas. “Os resultados demonstram de forma inequívoca que o salário mínimo foi um fator crucial no desenho da distribuição salarial em Portugal quando a sua importância relativa aumentou“, assinala o estudo elaborado pelo economista Carlos Oliveira.
Um exemplo disso é que o diferencial entre os salários mais baixos e os salários médios diminuiu 13 pontos percentuais, mas sem o efeito do salário mínimo teria aumentado nove pontos. Tal acontece porque o salário mínimo tem crescido desde 2015 a um ritmo superior ao aumento registado nas remunerações médias. Recentemente, a Comissão Europeia alertou para o perigo de este efeito reduzir o prémio salarial de quem estuda durante mais tempo.
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