Governo prevê subida de 11 cêntimos no gasóleo e na gasolina esta semana
Ao abastecer esta segunda-feira vai pagar 1,8 euros por cada litro de gasóleo simples e 2,066 euros por litro na gasolina simples, de acordo com as previsões do Governo.
Esta segunda-feira, quando for abastecer a sua viatura vai voltar a pagar mais por litro de combustível. De acordo com as previsões do Ministério das Finanças, o litro de gasóleo, mas também de gasolina vão subir 11 cêntimos, já tendo em conta as alterações ao nível da carga fiscal, de acordo com os dados que o Ministério das Finanças enviou ao ECO.
Esta semana, o Executivo reduziu a carga fiscal sobre os combustíveis em 0,5 cêntimos no caso da gasolina e em 0,3 cêntimos no caso do gasóleo. “Na próxima semana, o alívio global temporário da carga fiscal sobre os combustíveis totalizará 21,8 cêntimos por litro de gasóleo e 25,1 cêntimos por litro de gasolina”, avançou o comunicado do Ministério liderado por Fernando Medina, na sexta-feira. “Esta evolução da carga fiscal sobre os combustíveis representa uma redução adicional de 0,5 cêntimos no caso da gasolina e de 0,3 cêntimos no caso do gasóleo”, acrescentou o mesmo comunicado.
Este desconto do ISP equivalente à redução do IVA para 13% entrará em vigor esta segunda-feira e vai manter-se ao longo do mês de junho, o último em que a medida se aplica, ainda que o decreto-lei publicado em Diário da República preveja que se possa prolongar até dezembro.
Isto significa que ao abastecer esta segunda-feira vai passar a pagar, em média, 1,8 euros por litro de gasóleo simples e 2,066 euros por cada litro de gasolina simples.
Na semana passada, o Governo apontava para uma subida de 2,8 cêntimos no litro de gasóleo e de 0,2 cêntimos no litro da gasolina simples 95. Mas, observando os preços médios publicados na terça-feira pela Direção Geral de Energia e Geologia, o litro de diesel subiu 2,4 cêntimos (menos 0,4 cêntimos do que o esperado) e o litro de gasolina afinal subiu 3,9 cêntimos (mais 1,5 cêntimos). Isto significa que é preciso recusar a 9 de maio de 2016 para encontrar uma diferença tão grande entre os dois tipos combustíveis. Esta semana o gap será de 26,6 cêntimos, o mesmo da semana passada, que representa um máximo de seis anos.
Nas próximas duas semanas, por causa dos feriados, o Ministério das Finanças não irá fazer a habitual atualização semanal do ISP, pelo que o valor não sofrerá alterações. O valor do imposto voltará a ser atualizado a 17 de junho através do mecanismo de ajuste que devolve a receita adicional de IVA ditada pelo aumento dos preços dos combustíveis.
O preço da gasolina e do gasóleo volta às subidas significativas e sem grandes diferenças entre si. Nas últimas semanas o diesel tinha descido — refletindo uma menor procura, já que a subida de temperaturas na Europa dispensa o uso de gasóleo para aquecimento — e a gasolina subido.
O agravamento dos preços dos combustíveis, em resultado da subida da cotação do petróleo, resulta do acordo europeu relativamente ao sexto pacote de sanções contra a Rússia, decidido na cimeira extraordinária da semana passada; do levantamento de restrições impostas na China para travar a propagação da Covid-19; e ainda das persistentes preocupações em torno da oferta. Os investidores têm dúvidas de que a OPEP possa aumentar a produção de petróleo em quantidade suficiente para compensar a quebra na oferta por parte da Rússia. Ainda que a organização tenha surpreendido na semana passada ao decidir aumentar a produção em 648 mil barris por dia, em julho e agosto.
O brent, que serve de referência ao mercado europeu, fechou a valorizar 1,8% na sexta-feira, com o barril a cotar nos 119,72 dólares. Ou seja, fechou mais uma semana de ganhos consecutivos. As importações de gasolina dos Estados Unidos também têm pressionado os preços em alta com o início da driving season.
Brent segue em alta
Por outro lado, esta semana os portugueses não contaram com a ajuda do mercado cambial, que também influencia o comportamento dos preços dos combustíveis. O euro desvalorizou face ao dólar 0,25% para 1,071 dólares, reflexo dos dados do mercado laboral nos Estados Unidos e que poderão levar a Reserva Federal a manter um caminho de subida das taxas de juro.
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