Governo quer atrair multinacionais que pretendem sair da China
Ministro da Economia lembrou que guerra na Ucrânia está a fragmentar o mercado mundial e que há muitas multinacionais a relocalizarem as suas fábricas para fora da Ásia.
A confrontação entre os EUA e a Rússia e China “está a fragmentar o mercado mundial” e isso abre oportunidades para Portugal atrair multinacionais que estão na Ásia, nomeadamente na China, e querem relocalizar as suas fábricas no Ocidente, adiantou o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva.
“Isso é evidente na Alemanha. A Alemanha fez uma investigação às suas empresas e muitas delas querem relocalizar”, explicou Costa Silva na conferência CNN Portugal Summit. Mas como vai convencê-las a virem para cá? “Vamos convencer desde logo porque temos 600 empresas alemãs em Portugal”, respondeu o ministro.
Costa Silva disse que “a nível da inovação tecnológica há muitas coisas que se estão a passar no país” e que também a “questão fiscal está a ser tratada” para atrair as empresas estrangeiras.
Por exemplo, lembrou que a estratégia do Governo inclui “a redução diferencial do IRC para as empresas que reinvestem os seus lucros na sua atividade, que investem na inovação e para aquelas que investem na captação de mão-de-obra qualificada, sobretudo jovem”.
Segundo e terceiro trimestres bons, quarto será “diferente”
O ministro da Economia está a antecipar um “bom” crescimento no segundo trimestre e adiantou que o terceiro trimestre “também será bom, mas já a abrandar”. Relativamente ao quarto trimestre, vai ser “diferente”.
A OCDE estima um crescimento de 5,4% para 2022 e o Banco de Portugal aponta para uma subida de 6,3% do PIB e Costa Silva deseja que estas projeções se concretizem.
“Vamos ter um ano de 2022 que vai ser de forte convergência com a economia europeia. Temos de assegurar que estas projeções se materializam de facto. Temos todas as condições para o fazer”, disse.
Já “2023 vai ser mais difícil” por causa da grande incerteza geopolítica, considerou.
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