Costa confirma “aumento histórico das pensões” no próximo ano

"Com as previsões para a inflação e para crescimento económico, vamos ter um aumento histórico das pensões de reforma com a aplicação da fórmula que existe desde 2007", garantiu Costa.

CNN Portugal Summit - 20JUN22

O primeiro-ministro assegurou que o Governo vai “cumprir a lei” no que diz respeito à atualização das pensões de reforma no próximo ano, confirmando que “vão ter um aumento histórico” por conta do crescimento da economia e da escalada da inflação em 2022.

“Com as previsões para a inflação e para crescimento económico, vamos ter um aumento histórico das pensões de reforma com a aplicação da fórmula que existe desde 2007. Não há a mínima dúvida de que vamos cumprir a fórmula, as leis existem para serem cumpridas”, garantiu António Costa, no programa “O Princípio da Incerteza”, que teve lugar na conferência CNN Portugal Summit.

“Essa lei significa que, para o ano, vamos ter um aumento histórico das pensões pela conjugação de termos este ano um valor anormalmente alto do crescimento, muito por efeito da base comparativa do ano passado, e um aumento histórico muito significativo também da taxa de inflação. Estes dois efeitos conjugados vão gerar um aumento das pensões de reforma no próximo ano”, explicou o líder do Governo.

As últimas projeções do Banco de Portugal apontam para um crescimento de 6,3% da economia portuguesa este ano, enquanto a taxa de inflação deverá acelerar para 5,9%.

Em relação aos salários na administração pública, António Costa reafirmou o princípio de que, no próximo ano, a atualização será negociada com os sindicatos. “Vai ter em conta o princípio da atualização anual, que se vai manter. Em segundo lugar, vamos manter as carreiras descongeladas. Isso, obviamente, vai acontecer para o ano. E qual o montante? Isso vai ter de ser negociado com os sindicatos”, insistiu.

Costa disse, contudo, que o Governo vai manter uma política de “contas certas”, como tem feito nos últimos anos e com resultados. “O governo tem uma lógica conservadora na gestão orçamental: prepara-se para o pior desejando o melhor. Até agora tem corrido bem”, afirmou o primeiro-ministro.

Lembrou que “se a taxa de juro sobe, sabemos que a despesa com as taxas de juro vai seguramente aumentar”. Ou seja, o Estado vai passar a gastar mais com o serviço da dívida pública perante a subida dos custos de financiamento.

(Notícia atualizada às 14h53 com mais informação)

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