Wall Street regressa ao vermelho e desafia recuperação

Os investidores continuam preocupados com a desaceleração da economia norte-americana e com os aumentos expressivos das taxas de juro.

As bolsas de Nova Iorque estão novamente em queda, depois de algumas sessões em que os índices recuperaram ligeiramente. Os investidores continuam preocupados com a desaceleração da economia norte-americana e com os aumentos expressivos das taxas de juro para conter a inflação.

O índice de referência S&P 500 perde 0,09%, para 3.818,08 pontos. Já acumula uma queda de cerca de 22% este ano e está a caminho do pior primeiro semestre desde 1970, quando perdeu 21,01%. O tecnológico Nasdaq recua 0,2%, para 11.158,82 pontos, caminhando para o pior período de três meses desde 2008. Enquanto isso, o industrial Dow Jones inverteu a tendência de abertura e soma 0,26%, para 31.027,89 pontos.

Os receios com a desaceleração da economia norte-americana e com os aumentos agressivos das taxas de juro marcaram o primeiro semestre deste ano nos mercados, com os temores de uma recessão a continuarem a aumentar.

Esta quarta-feira, a presidente da Reserva Federal de Cleveland, Loretta Mester, disse que defenderá um aumento de 75 pontos base nas taxas de juros na próxima reunião do banco central, em julho, se as condições económicas permanecerem como estão. “Não vi o tipo de números do lado da inflação que preciso de ver para pensar que podemos voltar a um aumento de 50″ pontos base, disse, em declarações à CNBC.

“Esperamos uma volatilidade significativa este verão”, diz, por sua vez, o analista sénior de ações da Wells Fargo, Christopher Harvey, citado pela CNBC. “Embora um washout do mercado muito antecipado possa catalisar um movimento mais sustentado de subidas, achamos que o mercado não sustentará um rali até acreditar que a Fed passará de um aumento de 50-75 pontos base [nos juros] para um aumento de 25 pontos base”, acrescenta.

No mercado de ações, destaque para a Carnival, que cai 14,28%, para 8,86 dólares, depois de o Morgan Stanley ter cortado para metade a meta do preço das ações da empresa, acreditando que poderia chegar a zero perante outro choque de procura. Isto arrastou para as perdas outras ações de cruzeiros, como a Royal Caribbean, que está a perder 8,28%, e a Norwegian Cruise Line Holdings, que recua 8,16%.

Enquanto isso, as ações do Pinterest perdem 0,43%, para 19,61 dólares, depois da notícia de que o CEO Ben Silbermann vai abandonar o cargo.

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