Cancelamentos de voos estão a baixar na Europa, diz OAG
Companhias aéreas estão a reduzir a oferta de bilhetes para fazer face à falta de recursos para operar os voos. Corte chega perto dos 20%.
O volume de cancelamentos está a baixar na Europa, segundo a consultora britânica OAG, que gere uma plataforma global de dados de aviação. Em vários mercados, a percentagem de voos que não se realizou rondou 1% na semana passada, baixando para perto dos níveis considerados normais. Companhias aéreas estão a reduzir a oferta de bilhetes para conter a situação. Corte chega perto dos 20%.
“A informação mais recente parece indicar que existiram menos cancelamentos na maioria dos mercados europeus na semana passada”, afirma a OAG numa publicação no seu blog. No caso do Reino Unido, a percentagem de voos anulados “está de volta a níveis normais” e “muitos outros grandes mercados estão também a descer para perto de níveis normais”.
A informação gráfica disponibilizada permite concluir que no Reino Unido, Espanha, Estados Unidos e França a taxa de cancelamentos rondou entre 1% e 1,5%. Também desceram na Alemanha e Holanda, mas para cerca de 3%. “Se continuarmos com estas taxas durante o resto do verão, talvez as medidas levadas a cabo pelas companhias aéreas estejam a ter resultados, mas só o tempo dirá”, acrescenta o post.
Entre essas medidas está a redução de capacidade, também adotada pela TAP. Face à falta de pessoal (pilotos e tripulantes), mas também à falta de resposta nos aeroportos (handling), as companhias aéreas estão a cortar na oferta de voos e de bilhetes.
A OAG comparou a oferta de lugares planeada no início do verão IATA (final de março) para a semana iniciada a 1 de agosto com a disponibilizada atualmente em quatro companhias: Easyjet, Ryanair, British Airways e Wizz Air. Ao todo, a oferta foi reduzida em 171.477 lugares ou 10,4%. No caso da British Airways, a diferença chega aos 18,8%. A Ryainair fez o menor ajuste, de apenas 3,4%.
As restrições são impostas também pelos aeroportos. Esta terça-feira o aeroporto de Heathrow, em Londres, anunciou um limite diário de 100 mil passageiros nas partidas até 11 de setembro e pediu às companhias aéreas para não venderem mais bilhetes para a época de verão. O aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, tomou uma medida semelhante ainda em junho.
A British Airways (BA) anunciou a semana passada o corte de mais 10.300 voos para os próximos quatro meses. Ao todo a companhia aérea já reduziu 30 mil voos para o verão IATA. Os problemas têm levado também à substituição de chief operaring officers. A BA foi buscar René de Groot à KLM e Peter Bellew demitiu-se da Easyjet.
Apesar destes constrangimentos, a OAG sublinha que a capacidade global cresceu face à semana passada para 102,1 milhões de lugares, 14% abaixo do valor registado na mesma semana em 2019.
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