Incêndios e calor podem prolongar situação de contingência em Portugal

  • Lusa
  • 16 Julho 2022

Governo decide no domingo se mantém a situação de contingência por mais alguns dias ou se adota um nível de alerta mais baixo. Proteção Civil avisa que “condições ainda são extremas”.

O comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) sublinhou esta manhã que a situação dos incêndios no país “ainda é extrema”, pelo que “ainda está a ser avaliada” se será possível suspender no domingo a situação de contingência.

“Apesar da melhoria das condições meteorológicas, as condições ainda são extremas”, afirmou André Fernandes, num balanço feito na ANEPC, em Carnaxide, Oeiras. “Estamos ainda a avaliar” a situação, reiterou, adiantando que “este fim de semana será de vigilância extrema”.

O Governo decide no domingo se mantém a situação de contingência por causa dos incêndios e vaga de calor por mais alguns dias ou adota um nível de alerta mais baixo.

O prolongamento por dois dias do nível atual foi anunciado na quinta-feira pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, referindo que o nível de alerta estaria em vigor até às 24:00 de domingo. “Entendemos que tínhamos o dever de manter o mesmo grau de responsabilidade, o que significa manter o estado de contingência entre os dias 16 e 17”, explicou, na altura, José Luís Carneiro em conferência de imprensa na sede ANEPC.

O ministro adiantou que no domingo de manhã, após a reunião da ANEPC para fazer atualização de dados e uma avaliação do ponto de situação, que deve começar pelas 10:30, acontece uma reunião dos membros do Governo “para avaliar se o nível de contingência se deve manter para além de domingo ou se deve recuar no estado de alerta”.

Portugal Continental está em situação de contingência até domingo devido às previsões meteorológicas, com temperaturas muito elevadas em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.

A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.

Baião continua a ser fogo mais significativo

No balanço feito na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras, o comandante nacional afirmou ainda que o incêndio em Baião “é a ocorrência mais significativa neste momento” para os bombeiros e outros operacionais que estão a combater os incêndios em Portugal.

O vice-presidente da Câmara de Baião disse, no entanto, à Lusa, poucos minutos depois do final da conferência de imprensa da ANEPC, que, durante a noite, os bombeiros conseguiram dominar o fogo de Ancede, um dos dois grandes fogos florestais que têm assolado o concelho desde quinta-feira.

O comandante nacional da ANEPC adiantou ainda que hoje já se verificaram 28 ignições (inícios de fogos), pelo que continua no terreno “um conjunto significativo de 1.705 operacionais e 504 veículos em todas as ocorrências [incêndios] em resolução e rescaldo” e medidas de reforço.

Segundo André Fernandes, já foram retiradas 869 pessoas do concelho como medida de prevenção, sendo que os danos causados pelos incêndios “ainda estão a ser avaliados”.

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