Inflação acelera para 8,6% em junho, confirma Eurostat

  • ECO
  • 19 Julho 2022

Preços da energia dispararam mais de 40% no mês passado, contribuindo para a subida da taxa de inflação na Zona Euro para 8,6%. Inflação em Portugal ficou acima da média da região.

A taxa de inflação anual na Zona Euro acelerou para 8,6% em junho, o valor mais elevado desde a criação da moeda única, com a subida dos preços em Portugal a ficar acima da média da região (9%). O Eurostat já tinha divulgado a estimativa rápida no início do mês e confirmou agora estes valores.

Junho marca assim uma aceleração dos preços em relação ao mês anterior, quando a taxa de inflação se havia fixado nos 8,1%, pressionando ainda mais o Banco Central Europeu (BCE) a subir os juros. O banco central reúne-se esta quinta-feira e em cima da mesa estará uma subida das taxas em 50 pontos base, agravando ainda mais as condições financeiras para as famílias e empresas.

A impulsionar os preços no consumidor esteve sobretudo a energia: a componente energética registou um disparo de 42% em junho, comparado com os 39,1% em maio. Outras componentes do índice de preços no consumidor também estão a subir de forma expressiva, casos da alimentação, álcool e tabaco, que registou uma taxa de inflação de 8,9% (face aos 7,5% em maio) e os bens industriais não energéticos tiveram uma taxa de inflação de 4,3% (face aos 4,2% em maio). A subida dos preços nos serviços aliviou dos 3,5% em maio para 3,4% no mês passado.

A inflação subjacente — o indicador de referência para as decisões do BCE, pois exclui os preços da energia e alimentação, por serem mais voláteis — avançou em junho para os 4,6%, acima da meta de médio prazo de 2% do banco central.

Em Portugal, a taxa de inflação subiu para os 9% no mês passado, a oitava mais alta da Zona Euro. Desde 2017 que a inflação portuguesa não superava a média da região. Malta e França registaram as taxas mais baixas, de 6,1% e 6,5%, respetivamente. Os países do Báltico – Letónia, Lituânia e Estónia – tiveram as taxas de inflação mais elevadas, de 19,2%, 20,5% e 22%, respetivamente.

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