Wall Street sem rumo face à subida dos juros do BCE
O sentimento nas bolsas norte-americanas é sobretudo negativo, com as ações a caírem pouco depois do início das negociações. A Tesla dispara mais de 5% após divulgar resultados trimestrais.
Wall Street abriu mista esta quinta-feira, mas as ações estavam em queda poucos minutos após o início das negociações. Os investidores estão a pesar as implicações no crescimento e na estabilidade dos mercados da decisão do BCE de subir as taxas de juro em 50 pontos base, acima das previsões dos analistas.
Neste momento, o índice de referência S&P 500 regista perdas pela primeira vez em três dias, de 0,17%, para 3.950,04 pontos e o industrial Dow Jones recua 0,64%, para 31.671,29 pontos. O tecnológico Nasdaq está a oscilar entre terreno negativo e positivo.
A puxar por ganhos no setor tecnológico está a Tesla, que dispara 5,47%, para 782,37 dólares por ação. Embora a fabricante de veículos elétricos tenha reportado lucros de 2,3 mil milhões de dólares no segundo trimestre, o que representa um declínio face ao trimestre anterior, a empresa fundada por Elon Musk beneficiou de uma série de aumentos de preços para os seus automóveis, compensando os desafios de produção.
Por outro lado, a queda dos preços do petróleo atingiu a Chevron, que perde 2,15%, enquanto outras energéticas, como a Marathon Oil Corporation, a Occidental Petroleum e a ExxonMobil, recuam entre 3,30% e 4,60%.
Apesar de os investidores estarem animados com os resultados trimestrais positivos que têm sido apresentados pelas cotadas norte-americanas nos últimos dias, continuam a aguardar pela reunião da Reserva Federal, agendada para a próxima semana, que se espera que resulte num novo aumento das taxas de juro, de 75 pontos base, para conter a inflação.
A decisão da Fed relativamente à subida das taxas de juro será seguida de dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA referentes ao segundo trimestre, que se preveem que sejam novamente negativos.
“O pano de fundo dos lucros das empresas norte-americanas parece desafiador. Com o abrandamento do crescimento económico, um dólar americano forte e margens de lucro em alta, suspeitamos que as empresas cotadas no S&P 500 terão dificuldade em satisfazer as expectativas otimistas incorporadas nas previsões dos analistas”, disse Thomas Mathews, economista de mercados da Capital Economics, citado pela Reuters.
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