Petróleo avança mais de 1% com preocupações com a oferta
Matéria-prima sobe pelo segundo dia consecutivo, na sequência das crescentes preocupações sobre uma redução na oferta.
Os preços do petróleo nos mercados internacionais sobem pelo segundo dia consecutivo, na sequência das crescentes preocupações sobre uma redução na oferta, após a Rússia, um importante fornecedor de petróleo e gás natural para a região, ter comunicado que parou de funcionar mais uma turbina no gasoduto Nord Stream 1.
Pelas 7h37 de Lisboa, o brent, que serve de referência às importações nacionais avança 1,61% para 106,84 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, valoriza 1,55% para 98,21 dólares.
Na segunda-feira, a empresa estatal russa Gazprom informou que parou de funcionar mais uma turbina no gasoduto Nord Stream 1, um gasoduto que liga a Rússia à Alemanha e que tem estado debaixo de holofotes pela diminuição dos fluxos para o Velho Continente, que têm colocado preocupações do ponto de vista da segurança energética.
O corte na oferta de energia proveniente da Rússia deixará os países incapazes de cumprir suas metas de reabastecer o armazenamento de gás natural antes do período de maior procura do inverno. A Alemanha, maior economia mundial, estará já a preparar um plano de emergência que inclui um racionamento de energia para o setor da indústria tendo em vista conseguir manter os seus cidadãos aquecidos durante os meses de inverno.
Nesse contexto, esta situação poderá levar os utilizadores a trocar o gás por derivados de petróleo, principalmente o diesel. Mas isso também traz riscos, já que a Rússia fornece a maior parte do diesel da região e os preços deverão aumentar. “Os preços mais altos do gás, desencadeados pelo aperto do gás na Rússia, podem levar a uma mudança adicional do gás para o crude e conduzir a um aumento dos preços do petróleo”, aponta Hiroyuki Kikukawa, analista da Nissan Securities, citado pela Reuters.
Além disso, esta semana espera-se que Reserva Federal norte-americana (Fed) volte a subir as taxas de juro, para combater a escalada da inflação, o que coloca uma pressão adicional sobre a procura de petróleo.
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