Portugal tem a terceira maior queda da taxa de poupança na UE

Eurostat revela ainda que, no primeiro trimestre de 2022, o consumo real per capita das famílias baixou 0,6% na Zona Euro e que o rendimento real dos agregados familiares recuou 0,5%.

A taxa de poupança na Zona Euro aumentou 1,8% na Zona Euro e 1,7% na União Europeia (UE) no primeiro trimestre de 2022, o que representa uma subida de 0,1 e 0,2 pontos percentuais, face ao trimestre anterior. Os dados divulgados esta quarta-feira indicam ainda que Portugal teve a terceira maior queda na taxa de poupança entre os Estados-membros.

“No primeiro trimestre de 2022, a taxa de poupança aumentou 0,1 pontos percentuais (p.p.) na Zona Euro e 0,2 p.p. na UE, em comparação com o trimestre anterior”, sinaliza o gabinete de estatísticas europeu. No quarto trimestre de 2021 estava em 14,9% na Zona Euro e em 14,4% na UE.

Num contexto de guerra na Ucrânia e de subida da taxa de inflação, o Eurostat refere ainda que a taxa de poupança das famílias aumentou em sete dos 14 Estados-membros para os quais há dados disponíveis, sendo que até março os maiores aumentos foram observados na Dinamarca (+5,1 p.p), Bélgica (+2,9 p.p) e Finlândia (+1,2 p.p).

Por outro lado, no primeiro trimestre deste ano, a taxa de poupança recuou em sete Estados-membros, sendo que as maiores quedas foram registadas na Áustria (-5,2 p.p), em Espanha (-2.1 p.p) e em Portugal (-1,4 p.p).

Taxa de investimento das famílias aumenta na Zona Euro e UE

Ao mesmo tempo, o Eurostat salienta ainda, que, no primeiro trimestre de 2022, a taxa de investimento das famílias aumentou 0,5 pontos percentuais na Zona Euro, bem como na UE, fixando-se em 10,2% e 9,8%, respetivamente.

Neste âmbito, a taxa de investimento das famílias “aumentou em oito Estados membros manteve-se estável em três e diminuiu noutros três“, adianta o gabinete de Estatísticas. A Alemanha e a Dinamarca registaram as maiores subidas nas taxas de investimento das famílias até março, impulsionadas pelo elevado “crescimento da formação bruta de capital fixo das famílias”. Em contrapartida, Polónia, Hungria e Bélgica registaram quedas devido ao facto de o “de a formação de capital fixo ter crescido a um ritmo inferior ao do rendimento disponível bruto das famílias”.

Consumo e rendimento das famílias cai na Zona Euro no primeiro trimestre

O consumo real per capita das famílias caiu 0,6% no primeiro trimestre deste ano na Zona Euro, após um decréscimo de 0,9% no trimestre anterior, revela o Eurostat. Já na UE, o consumo real per capita das famílias recuou 0,8% entre janeiro e março deste ano, após um decréscimo da mesma magnitude no trimestre anterior.

Quanto ao rendimento real dos agregados familiares recuou 0,5% na Zona Euro, depois de uma queda de 0,7% no quarto trimestre de 2021.

No que toca ao disponível bruto das famílias (ajustado sazonalmente), aumentou 1,8% na Zona Euro e 1,7% na UE entre janeiro e março deste ano, com o Eurostat a justificar este aumento com a “grande contribuição positiva da remuneração dos empregados”.

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