Governo cria apoio extraordinário de 18 milhões e reforça comparticipação das respostas sociais
As instituições vão receber um pagamento extra mensal de 18 euros por utente em estruturas residenciais e serviço de apoio domiciliários e de 6,6 euros por utente nas restantes respostas sociais.
O Governo vai criar um apoio extraordinário de 18 milhões de euros para reforçar as respostas sociais, anunciou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que vai também aumentar a comparticipação financeira das instituições. As medidas resultam de um acordo estabelecido esta quarta-feira entre o Governo e o setor a propósito do Compromisso de Coordenação para o setor social e solidário.
Relativamente ao novo apoio temporário e extraordinário, num total de 18 milhões de euros, o objetivo é apoiar as instituições na garantia de “respostas sociais inclusivas e com qualidade”, explica o ministério em comunicado. Na prática, as instituições vão receber um pagamento adicional mensal no valor de 18 euros por utente em estruturas residenciais e serviço de apoio domiciliários e de 6,6 euros por utente nas restantes respostas sociais de caráter não residencial.
O executivo, justifica o reforço com o “contexto atual de aumento dos custos, nomeadamente alimentação e energia, decorrentes da invasão da Ucrânia pela Rússia e da inflação”. Além desse apoio, haverá também um reforço, com efeitos a partir de janeiro de 2022, da comparticipação financeira das estruturas residenciais para pessoas idosas, que passa de 433 euros mensais 470,16, e dos centros dias, que passam a receber 140 euros mensais, em vez dos anteriores 125 euros.
“Para as restantes respostas sociais e acordos atípicos ficou estabelecido um aumento de 3,6% na comparticipação financeira”, acrescenta a tutela. Em comunicado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social refere que a adenda extraordinária ao Compromisso de Cooperação representa “o maior aumento de sempre nas comparticipações para reforçar as respostas de apoio social às pessoas mais vulneráveis”.
As alterações acordadas entre o Governo, a União das Misericórdias Portuguesas, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, as Mutualidades Portuguesas e a Confederação Cooperativa Portuguesa integram também a gratuitidade das creches.
A medida, anunciada na semana passada e que entra em vigor a partir do dia 01 de setembro, estabelece a gratuitidade das creches para as cerca de 80 mil crianças que nasceram no último ano, desde 01 de setembro de 2021. “Até 2024, a gratuitidade das creches será implementada de forma faseada, aumentando anualmente mais um ano de creche abrangido, até à globalidade das crianças da rede social e solidária”, acrescenta o ministério.
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