Subida das taxas de juro é o que “menos preocupa”, diz presidente do Santander Totta

Presidente do Santander Totta desvaloriza o efeito da subida das taxas de juro nas famílias e empresas, destacando antes o impacto inflação sobretudo junto dos agregados mais pobres.

“A taxa de juro é das variáveis que menos preocupa”, considerou o presidente do Santander Totta, que destaca que a inflação é a “principal variável” de alerta. E “na população mais pobre tem e terá um efeito muito grande”, avisou Pedro Castro e Almeida esta quinta-feira.

Para o gestor, vivemos numa “situação de anormalidade” na última década com juros negativos na Zona Euro, “estamos a vir para uma situação de normalidade, mas estamos a falar de taxas de juro em níveis zero”. Ou seja, nos próximos meses, se a taxa de juro da habitação subir até aos 1,5%, “não há de ser a principal variável” com que devemos estar preocupados, disse Castro e Almeida na apresentação dos resultados do banco no primeiro semestre.

Já a escalada dos preços está no topo das preocupações para o CEO do Santander, pois “está a ter impacto muito grande no rendimento das famílias”, sobretudo nas mais pobres.

Castro e Almeida disse que se a inflação obrigará as famílias mais ricas a “ajustamentos” nos seus consumos diários, já as famílias com menores rendimentos serão mais afetadas.

O desemprego é a segunda variável a ter em atenção. Ainda assim, para já, as economias ocidentais vivem numa situação de quase pleno emprego e o mercado de trabalho até tem apresentado escassez na oferta de mão-de-obra, disse. “Mas sabemos que o mercado muda muito rapidamente”, alertou.

O líder do Totta considera que não estamos perante uma crise financeira, mas antes “uma crise de confiança” e isso vai “ter um impacto muito grande nas decisões de investimento das empresas e das famílias”.

O Santander Totta lucrou 241,3 milhões de euros no primeiro semestre do ano, o triplo do resultado obtido no mesmo período do ano passado.

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