Gasóleo volta a descer três cêntimos, mas gasolina sobe um cêntimo na próxima semana

Na segunda-feira, quando for abastecer, vai pagar 1,827 euros por litro de gasóleo simples e 1,905 por litro de gasolina simples 95. A gasolina interrompe assim sete semanas consecutivas de descidas.

A maré de descidas nos preços dos combustíveis vai continuar, mas só para o gasóleo, que é o combustível mais utilizado em Portugal. Na próxima segunda-feira, quando for abastecer o carro, vai pagar menos três cêntimos por litro de gasóleo, mas vai pagar mais um cêntimo por litro se utilizar gasolina, apurou o ECO junto de fonte do setor.

Há cinco semanas que os preços do diesel estão a corrigir dos aumentos recordes e, a confirmar-se esta nova descida, será mais uma semana de alívio para o bolso de alguns portugueses. Já a gasolina vai interromper a tendência de descida que se mantinha há sete semanas.

Estes valores ainda podem sofrer um ajustamento, tendo em conta o fecho das cotações do brent esta sexta-feira e do mercado cambial, mas, à partida, pode contar pagar 1,827 euros por litro de gasóleo simples e 1,905 por litro de gasolina simples 95, de acordo com os valores médios praticados nas bombas esta segunda-feira.

Caso estes valores se venham a confirmar, seria preciso recuar a 30 de maio para encontrar nas bombas um preço médio de gasóleo mais barato; e a 2 de maio no caso da gasolina.

As descidas esperadas para a próxima semana são inferiores às registadas esta semana, em que o gasóleo desceu cindo cêntimos e a gasolina seis. Mas o brent, que serve de referência às importações nacionais, está a subir há quatro dias e ao final da manhã desta sexta-feira já valorizava 2,3%, para os 109,15 dólares por barril. Alimentado pelos receios de escassez de oferta antes de mais uma reunião da OPEP+ e também de uma recessão, já que os Estados Unidos registaram dois trimestres consecutivos de contração do PIB (a definição de recessão técnica).

Para já, os dados revelados pelo Eurostat, esta sexta-feira, dissiparam algumas preocupações mais imediatas. É que, inesperadamente, no segundo trimestre, as economias da zona euro registaram uma progressão de 0,7% face ao trimestre anterior e de 4% em termos homólogos, um desempenho idêntico ao registado pelo conjunto das economias da União Europeia. Em cadeia, os 27 países da UE cresceram 0,6%.

Contudo, alguns economistas consideram que não estão totalmente afastados os receios de uma recessão na Europa, já que será no inverno que irá enfrentar o verdadeiro impacto dos cortes do gás russo. Além disso, a inflação continua a acelerar, o que pressionará o Banco Central Europeu a optar por novas subidas dos juros, o que não potencia o crescimento económico.

Os receios de recessão colocam pressão sobre os preços do petróleo e essa será uma preocupação que estará à mesa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e dos seus aliados liderados pela Rússia no encontro da próxima semana, no qual deverão discutir as quotas de produção para setembro e talvez para o resto do ano. Os analistas colocam as suas fichas na manutenção da produção de petróleo.

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