EDP contrata crédito “verde” de 3,65 mil milhões

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Agosto 2022

O crédito, que conta com a participação de 25 bancos, está associado a dois critérios ESG, nomeadamente redução da emissão de gases de efeito de estufa e aumento da percentagem de energias renováveis.

A EDP e a sua subsidiária EDP Finance BV assinaram um contrato de financiamento de crédito rotativo no valor de 3,65 mil milhões de euros, pelo prazo de cinco anos, extensível por outros dois, anunciou esta quinta-feira a empresa liderada por Miguel Stilwell d’Andrade.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a elétrica indica que assinou um “contrato de abertura de crédito na modalidade ‘revolving’, no montante de 3,650 mil milhões de euros, pelo prazo de cinco anos, extensível por dois anos adicionais (com consentimento dos bancos), e que permite utilizações em euros e dólares”. Este tipo de crédito não tem um número fixo de pagamentos.

A nova linha, a primeira da EDP ligada à sustentabilidade, tem por base dois dos critérios ambientais, sociais e de governo societário (ESG, na sigla em inglês): a redução das emissões de gases de efeito de estufa e o aumento da percentagem de energias renováveis na capacidade instalada total do grupo.

O cumprimento, ou não, destes objetivos terá impacto no custo da linha de crédito, visto que “foi dimensionada de acordo com os ‘sustainability-linked Loan Principles‘ da Loan Market Association e os objetivos da redução de emissões estão alinhados com a trajetória definida cientificamente pela “Science Based Target initiative” para limitar o aumento da temperatura global média em 1,5º C”.

Este crédito vem substituir um de 3.300 milhões de euros, que não tinha tido quaisquer utilizações, pelo que está “inteiramente disponível à data da sua substituição”, aponta a EDP, acrescentando que a nova linha “reforça a solidez financeira e a liquidez” do grupo.

A transação foi organizada pela própria EDP e contou com a participação de 25 bancos nacionais e internacionais, incluindo o Deutsche Bank, BNP Paribas, Caixabank, Caixa Geral de Depósitos, JP Morgan ou o Banco Santander Totta. O aumento do montante contratado resulta de “um excedente de procura e do número de bancos comprometidos”, lê-se no comunicado.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h06)

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