Novo recorde: Libra continua em queda face ao euro, mas principalmente face ao dolar
A libra esterlina continua em queda face ao euro e ao dólar. Com o mesmo valor em euros consegue recolher mais libras se a tendência continuar.
Há 31 anos que a libra não valia tão pouco. Pelo menos em relação ao dólar americano. Esta terça-feira de manhã a libra esterlina bateu novo recorde mínimo em mais de três décadas: com uma queda de 0,63% registou o valor de 1,2761 dólares, inferior ao registado a 6 de julho – dias após o referendo sobre a saída da União Europeia (UE) – de 1,2798 dólares. A mesma desvalorização verifica-se face à moeda da zona euro. Esta terça-feira de manhã a libra esterlina registou uma variação negativa de 0,21% para um mínimo de 1.1421 euros. Isto quer dizer que, a manter-se esta tendência negativa, poderá receber mais libras com o mesmo valor em euros se for fazer a troca de moeda.
Se está a pensar em viajar, esta é uma das melhores alturas para ir ao Reino Unido. É que, com o anúncio da primeira-ministra Theresa May de que o processo de saída vai começar em março do próximo ano, a libra tem estado em queda. Vão ser dois anos de negociações com a UE que estão a trazer incerteza para os investidores.
Em causa está o acesso ao mercado único europeu. A preocupação está neste momento no facto de May colocar como linha vermelha a livre circulação de pessoas. Isso em conjunto com as questões dos refugiados pode excluir o acesso do Reino Unido aos mercados europeus.
Ainda não há certezas, mas o executivo inglês já recusou seguir modelos como o da Noruega ou da Suiça. Theresa May disse apenas querer dar às empresas britânicas “a oportunidade máxima de fazer comércio e operar no mercado único”, mas não é claro como o irá fazer.
Face ao dólar americano, o valor mais baixo registado desde 1971 aconteceu na década de 80. A 29 de março de 1985 a libra esterlina esteve perto de valer o mesmo que o dólar americano: uma libra valia 1,0520 dólares. Pouco tempo depois desse mínimo verificou-se o valor que agora volta a surgir, 31 anos depois.
Editado por Mariana de Araújo Barbosa
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