Petróleo cai quase 1% e mantém-se abaixo do pré-guerra

Medo de uma travagem na procura por causa de uma recessão económica continua a pressionar os preços do barril de petróleo, que se mantêm abaixo dos níveis anteriores à guerra na Ucrânia.

Os preços do petróleo recuam pelo segundo dia seguido e continuam a negociar abaixo dos níveis antes da guerra na Ucrânia, pressionados pelos receios dos investidores em relação a um travão na economia que poderá reduzir a procura.

Em Londres, o barril de Brent cai 0,89% para 95,45 dólares e o WTI desliza 1,03% para 89,57 dólares, mantendo-se ambos com cotações abaixo das que tinham antes do dia 24 de fevereiro, que marcou o início da invasão russa em território ucraniano.

Petróleo cai 1%

Esta terça-feira, a Ucrânia parou os fluxos de petróleo no pipeline Druzhba para alguns países da Europa Central por causa das sanções do Ocidente que impedem que Moscovo possa pagar as comissões de transporte a Kiev. Se a notícia fez subir os preços do barril inicialmente perante a expectativa de um aperto na oferta, o cenário inverteu-se quando se soube que as exportações deverão ser retomadas dentro de dias.

“Tendo em conta que não é o lado russo que está a fechar o pipeline, mas antes o lado ucraniano, parece ser uma situação que pode ser resolvida mais cedo do que mais tarde”, referiu Bob Yawger, analista da Mizuho, citado pela Reuters.

Nas últimas semanas, os preços têm estado sob pressão, com os investidores a avaliarem os sinais de abrandamento da economia e o impacto que poderá ter na procura.

Entretanto, tiveram esta semana uma fonte de pressão adicional: a União Europeia apresentou um texto final para recuperar o acordo nuclear de 2015 ao Irão e EUA. Se a proposta for aprovada, poderá permitir aos iranianos voltarem a exportar petróleo, aumentando a oferta num mercado que ainda convive com muita escassez de barris.

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