Fecharam-se 169 operações de escritórios no Porto e em Lisboa até julho
Operações fechadas totalizaram mais de 218 mil metros quadrados. EDP, Novo Banco e Fidelidade envolvidas nas maiores operações da capital.
Entre janeiro e julho deste ano, foram fechadas 169 operações de escritórios no Porto e em Lisboa, num total de 218.076 186.862 metros quadrados de absorção, de acordo com os dados da consultora Savills. Esta área já supera a área alcançada em todo o ano de 2021 e, por isso, o mercado prepara-se para bater um novo recorde este ano. EDP, Novobanco e Fidelidade estiveram envolvidos nas três maiores operações.
Só em Lisboa foram fechadas 129 operações, num volume total de 186.862 metros quadrados. “O volume alcançado nos primeiros sete meses do ano já ultrapassou inclusive o valor anual registado em 2021 em 16%, sendo expectável que 2022 marque um novo recorde histórico”, diz a Savills, em comunicado enviado esta segunda-feira.
A consultora destaca “o papel de peso que os pré-arrendamentos têm neste resultado, com alguns edifícios a serem ocupados após 2022”. Contudo, “os 55% do volume de área respeitante a operações de pré-arrendamento levadas a cabo por instituições de grande dimensão como EDP, Novobanco e Fidelidade, provam um elevado dinamismo que se revela de especial importância num contexto pós-pandemia“.
Ainda na capital, analisando o volume de absorção por zona de mercado entre janeiro e julho, confirma-se que o Parque das Nações e as Novas Zonas de Escritórios continuam a liderar, perfazendo 29% e 22% do total do volume de absorção, respetivamente. A mudança de instalações foi responsável por 68% do volume de absorção, seguida da expansão de área (21%) e do estabelecimento de novas empresas na cidade de Lisboa (10%).
Quanto à absorção por setor de atividade, os Serviços Financeiros e os Serviços a Empresas foram responsáveis por 64% (47% e 17%, respetivamente) do total do mercado.
“Os resultados verificados a cinco meses do final do ano 2022 abrem portas para um novo ano recorde no mercado de escritórios de Lisboa. Há 14 anos, o mercado registou o maior volume de absorção de sempre com 233.000 metros quadrados”, diz Frederico Leitão de Sousa, Head of Corporate Solutions da Savills Portugal, citado em comunicado.
O responsável acrescenta que, em 2022, “e após dois anos de debate intenso sobre o lugar que iriam ocupar os escritórios num mundo que nos tinha colocado em teletrabalho”, é possível “afirmar que os espaços de escritórios são absolutamente fundamentais para a saúde, sucesso e competitividade das empresas e a aposta a que estamos a assistir reflete essa realidade”.
Já no Porto, até ao final de julho, o mercado de escritórios registou um volume de absorção total de 31.214 metros quadrados, resultante da conclusão de 40 negócios. “O desempenho deste período segue em linha com a tendência de crescimento, uma vez que se encontra 45% acima do registado nos primeiros sete meses de 2019 e 29% acima da média do mesmo período dos últimos quatro anos”, diz a Savills.
As zonas CBD Baixa e Out of Town foram as mais ativas em termos de volume de absorção, correspondendo a cerca de 39% e 36%, respetivamente, do total do mercado. “O mês de julho cimentou a tendência de crescimento do mercado de escritórios do Porto, salientando-se a implementação de novas empresas na região. Neste aspeto, desde o início do ano, as novas empresas foram responsáveis por um volume de absorção que totaliza cerca 12.00 metros quadrados, 38% do take-up dos últimos sete meses”, diz Alexandra Portugal Gomes, Head of Research & Communications da Savills Portugal.
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