Cinco ex-administradores da CGD não apresentaram declarações de rendimentos
Emídio Pinheiro, Henrique Noronha e Menezes, Paulo Rodrigues da Silva, Angel Guraya e Herbert Walter são os cinco ex-administradores de António Domingues que não apresentaram declarações ao TC.
Cinco dos seis administradores da Caixa Geral de Depósitos que se demitiram com António Domingues não apresentaram a declaração de património e de rendimentos ao Tribunal Constitucional quando assumiram funções, avança o jornal Público (acesso pago) que já foi consultar as declarações ao TC. Em causa estão três administradores executivos e dois não executivos.
Se insistirem em não divulgar estas informações a propósito da entrega da declaração de cessação de funções — que deve ser feita até ao fim do mês — ficarão inibidos de assumir funções públicas durante cinco anos, explica o Público.
António Domingues apresentou a sua declaração de rendimentos logo no dia em que foi formalizada a sua renúncia ao cargo de presidente do Conselho de Administração da CGD, a 28 de novembro. O gestor recebeu 539.516 euros de trabalho dependente como administrador do BPI, BPA, Allianz Portugal e Nos, em 2015, e entre os ativos que compõem o seu património está, por exemplo, um prédio em Lisboa no valor de 1,2 milhões de euros — que gerou rendas no valor de 48 mil euros nesse ano — um veleiro comprado em leasing, dois Porsches 911 e quatro contas bancárias. A maior com um saldo de 3,7 milhões de euros, avança o Público, o primeiro jornal a ter acesso às declarações que, a partir desta quarta-feira passaram a estar acessíveis para consulta.
Emídio Pinheiro, Henrique Noronha e Menezes e Paulo Rodrigues da Silva foram os três administradores executivos que não cumpriram até agora nenhuma das obrigações de transparência. Angel Corcóstegui Guraya e Herbert Walter os não executivos que estão na mesma situação.
O Público revela que entre as declarações entregues, os valores mais surpreendentes e que chamam mais a atenção são os quatro milhões que Pedro Durão Leite ganhou em 2015 enquanto administrador de várias empresas do grupo PT (incluindo a MEO), da TMN e vice-presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações. No seu património figuram contas bancárias superiores a sete milhões de euros, um Porsche, um Mercedes CLZ e um apartamento em Lisboa.
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