Empresas intensivas em gás pedem apoios de dois milhões/ano para mitigar escalada dos custos
Associações do setor da indústria exigem apoio de, pelo menos, dois milhões de euros por ano para fazer face à escalada de preços do gás.
As empresas consideram que o aumento de 400 mil para 500 mil euros do apoio destinado às indústrias utilizadoras intensivas de gás natural não será suficiente para pagar um mês de fatura. Associações do setor da indústria exigem apoio de, pelo menos, dois milhões de euros por ano para fazer face à crise energética, avança o Jornal de Notícias.
Em causa está o programa “Apoiar Indústrias Intensivas em Gás”, que arrancou em abril, sendo que medida deverá integrar o pacote de apoios extraordinários às famílias e empresas, prometido pelo primeiro-ministro para setembro. Para a Associação das Indústrias do Vidro de Embalagem (AIVE), este aumento é “completamente desajustado”, dado que as quatro empresas que integram esta associação consomem dois milhões de megawatts-hora (MWh) por ano. De acordo com o mesmo jornal, em 2020, os custos com gás das quatro empresas somavam 50 milhões de euros, subiram para 170 milhões em 2021, para 291 milhões em fevereiro deste ano e 509 milhões em julho.
Já o presidente da Associação Portuguesa das Indústrias de Cerâmica e Cristalaria (APICER), adianta ao JN que “em muitas empresas, as faturas passaram de 500 mil para 2,5 milhões de euros por mês” e que os “custos com gás já representam 25% dos encargos”. “Se aumentarem cinco vezes, passam para 83%“, afirma José Sequeira. Ao mesmo tempo, o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) nota que uma empresa que há um ano pagava cem mil euros de gás paga agora, por enquanto, milhão e meio.
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