“Temos legitimidade para governar sozinhos, não temos necessidade de nenhuma geringonça”, diz João Lourenço
A "oposição contesta mas há instituições para fazer contestação", disse o presidente angolano, apontando que vai "governar com toda a legitimidade que os eleitores conferiram ao MPLA".
O presidente angolano diz que o MPLA tem “legitimidade para governar sozinho”, reiterando: “Não temos necessidade de nenhuma geringonça”. João Lourenço salienta também que a comunidade reconhece as eleições que se realizaram “como sendo livres, justas e transparentes”, no discurso após serem conhecidos os resultados oficiais, que deram a vitória ao MPLA.
Questionado sobre os resultados, o presidente reitera que pode e deve “governar com toda legitimidade que eleitores conferiram ao MPLA”. A “oposição contesta mas há instituições para fazer contestação”, diz, referindo-se às alegações da UNITA, que diz que há provas de que é necessário corrigir mandatos nas eleições. Mesmo assim, defende que têm “legitimidade para governar sozinhos”. “Não temos necessidade de nenhuma geringonça”, atira, fazendo referência à solução política que governou em Portugal.
“Importa referir que ao abrigo da lei, para além do Presidente da República, Tribunal Constitucional, Assembleia Nacional, Comissão Nacional Eleitoral (CNE), todos os partidos políticos incluindo concorrentes tiveram direito e oportunidade de convidar observadores”, salienta também João Lourenço, no discurso transmitido pelas televisões. Além disso, “a imprensa teve a total liberdade de movimentos e acesso a informação”, defende.
Assim, tendo em conta “o nível de organização, a presença massiva de observadores e media, a comunidade reconhece eleições como sendo livres, justas e transparentes”, aponta.
Perante perguntas sobre os resultados do partido serem os piores de sempre, o presidente angolano desvaloriza a questão apontando que voltaram a vencer. “Maioria absoluta quer dizer que não há sombra de dúvidas de que saímos vencedores”, diz.
Segundo os dados da CNE, o MPLA obteve um total de 51,17% dos votos, tendo elegido um total de 124 deputados, enquanto o principal partido da oposição, a UNITA, ficou em segundo lugar, com 2.756.786 votos e 43,95%. A taxa de abstenção nestas eleições foi de 55,18%.
No entanto, o líder da UNITA fala em “discrepâncias brutais” entre a contagem da Comissão Nacional Eleitoral e a contagem paralela que o partido montou, defendendo que “o MPLA não ganhou as eleições”.
Já João Lourenço reitera que esta é uma “vitória inequívoca do MPLA”, assegurando que será “presidente de todos os angolanos”.
(Notícia atualizada às 17h15)
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