Credit Suisse põe à venda o histórico hotel Savoy de Zurique

Projeto hoteleiro no centro do distrito financeiro de Zurique avaliado em 400 milhões de francos suíços. Novo CEO do banco de investimento, sob pressão dos mercados, ultima plano de reestruturação.

Sob pressão dos mercados financeiros, com as ações a afundar, o risco a disparar e a tentar dar a volta aos prejuízos, o Credit Suisse colocou à venda o histórico hotel Savoy, que funciona há quase 200 anos na Paradeplatz, no centro do distrito financeiro de Zurique, e que está avaliado em perto de 400 milhões de francos suíços (411 milhões de euros).

No entanto, um porta-voz do banco que acumulou prejuízos de cerca de quatro mil milhões de francos suíços nos últimos três trimestres, garante à Reuters que a operação faz parte da estratégia global para o imobiliário, com a “revisão regular ao portefólio”. “Vamos analisar cuidadosamente todas as ofertas e potenciais investidores”, acrescenta. O hotel está fechado para obras de remodelação e reabre em 2024 como Mandarin Oriental Savoy Zurich.

A instituição financeira vai anunciar a 27 de outubro, dia da apresentação dos resultados do terceiro trimestre, um agressivo plano de reestruturação. Em cima da mesa está a transformação do banco de investimento num negócio bancário que seja de capital leve e focado no advisory, e ainda cortes até 1,5 mil milhões de francos suíços nos custos, o que deverá incluir milhares de perdas de empregos.

Com este ajustamento, o novo CEO, Ulrich Körner, que já disse que o banco vive num “momento crítico”, e o presidente Axel Lehmann (que sucedeu a António Horta Osório) pretendem resolver um passado marcado pelos escândalos com o colapso do Archego (custou 5,5 mil milhões de dólares) e a falência da Greensill, que abriu uma frente de batalha legal que o banco vai ter de enfrentar nos próximos cinco anos.

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