Bancos têm de resolver problemas primeiro, diz APB
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Faria de Oliveira, apoia a decisão do Presidente de vetar o fim do sigilo bancário e diz que os bancos têm de resolver os problemas primeiro.
Fernando Faria de Oliveira diz que a Associação Portuguesa de Bancos (APB) sempre deixou claro que, enquanto o sistema bancário estiver a trabalhar para conseguir alcançar o mais depressa possível a estabilidade financeira, não faz sentido aplicar medidas como o fim do sigilo bancário. O presidente da associação apoia, por isso, a decisão tomada pelo Presidente da República e relembra que estas medidas não existem noutros países.
“Faz todo o sentido acabar de se resolver os problemas que o sistema bancário ainda tem antes de se tomarem medidas, que, até do ponto de vista comparativo, se verifica que não existem noutros países“, disse Faria de Oliveira aos jornalistas, à margem de uma conferência sobre tecnologia financeira realizada pelo Banco de Portugal.
Faz todo o sentido acabar de se resolver os problemas que o sistema bancário ainda tem antes de se tomarem medidas, que, até do ponto de vista comparativo, se verifica que não existem noutros países
“Continuo a considerar que o sigilo bancário é um dos fundamentos da atividade do sistema bancário. O sigilo deve ser preservado na medida do possível”, acrescenta.
Na semana passada, o Presidente da República devolveu, sem promulgar, o projeto de decreto-lei que dá ao Fisco acesso aos saldos das contas bancárias acima de 50 mil euros.
Marcelo Rebelo de Sousa explicou que o decreto “vai mais longe” do que o cumprimento de obrigações que resultam da transposição de regras europeias ou do acordo com os Estados Unidos e acrescenta que o regime de comunicação não exige “qualquer invocação” pela Autoridade Tributária e Aduaneira.
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