Rússia retira civis de Kherson e alerta para iminente ofensiva ucraniana

Autoridades russas na região de Kherson, no sul da Ucrânia, vão retirar mais de 50 mil civis perante o que consideram ser uma iminente ofensiva ucraniana. Kiev desmente e acusa Moscovo de propaganda.

As autoridades russas de ocupação na região de Kherson, no sul da Ucrânia, alertaram esta quarta-feira para uma iminente ofensiva ucraniana na região, pelo que recomendou aos civis que abandonassem a região. Kirill Stremousov, administrador pró-russo da região, refere que a “batalha por Kherson” irá começar num futuro “muito próximo”, noticia o The Guardian (acesso livre).

O chefe da administração de ocupação local, Vladimir Saldo, avançou que a Rússia já iniciou a retirada de civis da região, tendo como objetivo a transferência de mais de 50 mil pessoas para a margem esquerda do rio Dnieper, em Kherson. A transferência será feita ao ritmo de dez mil pessoas por dia e os civis deverão ser levados para a Rússia, disse na rede de mensagens Telegram.

Em paralelo, as autoridades russas estão a proibir a entrada de civis na região durante sete dias, mas garantem dispor dos meios para manter a cidade de Kherson na sua posse, noticia a Reuters (acesso condicionado).

O general russo, Sergei Surovikin, que tem presentemente a seu cargo as operações na Ucrânia, admitiu que a situação continua “muito difícil” para as forças na região sul e em Kherson, visto estarem a ser alvo de ataques ucranianos dirigidos às “infraestruturas sociais, económicas e industriais”.

Em reação, o chefe do gabinete do Presidente ucraniano, Andriy Yermak, negou o envolvimento das forças ucranianas nos bombardeamentos na cidade de Kherson, conforme sugerido pelas autoridades russas e acusou Moscovo de divulgar propaganda destinada a assustar a população.

Já a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, descreveu os ataques russos à infraestrutura energética ucraniana como “atos de puro terror”, equivalentes a crimes de guerra. Através da rede social Twitter, a líder europeia referiu que privar “homens, mulheres e crianças de água, eletricidade e aquecimento”, num contexto marcado pela chegada do inverno, são atos de “puro terror” que não devem ser descritos de outra forma.

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