Montenegro acusa Governo de ignorar apoios que vão ser necessários
“Não só o Governo agiu tarde e a más horas este ano de 2022 como não está ainda a projetar para 2023 todos os auxílios que as famílias, as empresas, as pessoas em particular, carecem", disse.
O presidente do PSD considerou esta sexta-feira que o Governo agiu “tarde e a más horas” este ano e, para 2023, o Orçamento de Estado ignora auxílios que vão ser necessários.
“Não só o Governo agiu tarde e a más horas este ano de 2022 como não está ainda a projetar para 2023 todos os auxílios que as famílias, as empresas, as pessoas em particular, carecem para poderem enfrentar um aumento de preços que é verdadeiramente impactante naquilo que são as necessidades mais básicas”, apontou Luís Montenegro em Sernancelhe, em Viseu.
O presidente do PSD lembrou que o seu partido tem “chamado a atenção de que estes sete anos de PS trouxeram a Portugal uma realidade de empobrecimento que é visível em vários domínios” da sociedade. Para o líder do PSD, a situação “é visível nas dificuldades que as pessoas têm no dia a dia para fazer face às despesas mais básicas, mas também a aceder a serviços essenciais na saúde, na educação, em tudo aquilo que são os principais motores de uma vida normal”.
“Nós queremos ter uma vida em que tenhamos trabalho, em que tenhamos a retribuição do nosso trabalho condizente com aquilo que é o nosso esforço, infelizmente em Portugal ganha-se pouco, ganha-se mal e infelizmente em Portugal paga-se muitos impostos e tudo isso não vai mudar com este orçamento de estado, pelo contrário, vai-se agravar”, defendeu.
Aos jornalistas, à entrada para a abertura da 30.ª Festa da Castanha, em Sernancelhe, Luís Montenegro lembrou que “desde abril” tem chamado “a atenção do país, e dos membros do Governo em particular, para a circunstância de uma espiral inflacionista” que tem acontecido ao longo do ano. “E que tem trazido à vida quotidiana das pessoas, das famílias, das empresas uma realidade muito adversa com o aumento do preço dos bens essenciais que é muito acima daquilo que era esperado pelo Governo para o Orçamento do Estado deste ano”, disse.
Daí, justificou, o PSD ter “reivindicado junto do Governo a necessidade de haver um programa de apoio social e um programa de apoio também às empresas e às instituições sociais para que pudessem fazer face ao aumento do preço”. Montenegro indicou os aumentos de preços dos alimentos, combustíveis, eletricidade, gás, sublinhando que “este aumento da inflação tem uma média, mas há muitos produtos que estão acima dessa média“, nomeadamente os que enumerou.
Neste sentido, previu que os portugueses com rendimentos “mais baixos” e os pensionistas “vão perder poder de compra nos próximos anos e no próximo ano particularmente”, assim como os funcionários públicos. Luís Montenegro admitiu que o PSD agora vai concentrar-se “em apresentar algumas medidas de alteração ao orçamento, medidas essas que visam apenas mitigar alguns dos efeitos negativos, porque este orçamento não tem emenda”.
“Este orçamento vem na senda de uma politica económica que está errada há muitos anos, que não visa o crescimento da economia, a criação de valor, o crescimento, a criação de riqueza para podermos ter mais oportunidades, melhores salários e também melhores serviços públicos”, disse.
No seu entender, hoje, “por inação ou omissão de um Governo que está há sete anos a exercer funções” os portugueses “estão piores, o país está pior, a vida das pessoas está muito pior e isso deve-se às políticas erradas que têm seguido”.
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