Smartex com investimento de 25 milhões um ano após vencer Web Summit

Empresa que desenvolve dispositivos para reduzir desperdício de produtos têxteis capta série A de investimento. "Pai do iPod", Tony Fadell, é um dos líderes desta operação.

A Smartex angariou 24,7 milhões de dólares (25 milhões de euros) na sua série A de investimento. A startup do Porto vai anunciar a operação no palco da Web Summit, um ano depois de ter conquistado o prémio Pitch, para a melhor ideia. A ronda de investimento servirá para reforçar a equipa, desenvolver o produto e acelerar a expansão geográfica.

A série A da Smartex foi liderada pela sociedade de capital de risco Lightspeed Venture Partners, dos Estados Unidos, e pelo estúdio Build Collective, de Tony Fadell, considerado o “pai do iPod”. Os grupos de moda H&M e Kering (dono da Gucci e da Balenciaga) estão entre os participantes da operação, que também contou com as portuguesas Faber e EX Capital.

Equipa da Smartex já com mais de 100 trabalhadores

“Com a nossa tecnologia e talento, seremos capazes de abrir um novo capítulo na indústria da moda e, em última análise, reduzir desperdícios e custos. Todos os esforços são necessários para gerar um impacto positivo à medida que nos esforçamos para resolver este desafio global e contribuir para um mundo mais sustentável”, destaca o cofundador e presidente executivo da Smartex, Gilberto Loureiro.

Incubada no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), a startup desenvolve dispositivos que recorrem a câmaras para a captação de imagens dos tecidos, assim que saem dos teares. As imagens são passadas a pente fino por um software de inteligência artificial que permite reduzir os desperdícios de tecidos e peças de roupa com defeito.

Fundadores da Smartex, da esquerda para a direita: António Rocha, Gilberto Loureiro e Paulo Ribeiro

A indústria têxtil e da moda é a terceira indústria mais poluente do mundo, correspondendo a 20% do desperdício global de água e 10% das emissões de dióxido de carbono. Além de atacar o desperdício, a solução portuguesa permite aumentar as margens de negócio de empresas de produção de tecidos de malha.

Em Portugal, Tintex e Familitex são dois dos clientes da Smartex. Também há clientes na Itália, Turquia, Uzbequistão, Paquistão e Egito, conforme indicou, em entrevista ao ECO, o responsável tecnológico da Smartex, António Rocha. Atualmente, a empresa conta com mais de 100 trabalhadores.

Antes da série A de investimento, a startup tinha levantado em fevereiro de 2019, numa fase pré-seed, 250 mil dólares e, em outubro desse ano, 2,6 milhões de euros.

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