Presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa apresenta queixa contra bastonário dos advogados

Alexandra Bordalo Gonçalves vai apresentar uma queixa contra Menezes Leitão, bastonário dos advogados, no Conselho Superior “por estar a condicionar o exercício do seu mandato com fins eleitorais".

Alexandra Bordalo Gonçalves, presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa, vai apresentar queixa contra o bastonário da Ordem dos Advogados (OA), Luís Menezes Leitão, no Conselho Superior da OA. A razão prende-se pelo líder dos advogados “estar a condicionar o exercício do meu mandato com fins eleitorais”, revelou Alexandra Bordalo Gonçalves, que anunciou esta decisão ao plenário do Conselho de Deontologia de Lisboa esta quinta-feira.

Em comunicado, o Conselho de Deontologia de Lisboa explica que em causa está o “pedido de recusa de Alexandra Bordalo Gonçalves que o bastonário interpôs na semana passada, pretendendo que não seja ela a julgar a participação disciplinar do diretor da Polícia Judiciária, Luís Neves, participação que ele próprio fez à presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa devido às acusações de ‘terrorismo judiciário’ que este proferiu contra os advogados por, alegadamente, ‘recorrerem a expedientes dilatórios que arrastam processos'”.

Alexandra Bordalo Gonçalves decidiu assim notificar Luís Menezes Leitão “nos termos do artigo 96.º do Estatuto da Ordem dos Advogados por estar a condicionar o exercício do meu mandato com fins eleitorais e apresentar queixa contra o senhor bastonário por essa razão no Conselho Superior da Ordem dos Advogados”.

A presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa anunciou ainda que se decidiu declarar impedida de julgar o diretor da PJ, de forma a “salvaguardar a imagem do Conselho de Deontologia de Lisboa que o senhor bastonário pretende descredibilizar”. O incidente será agora julgado pelo primeiro vice-presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa, Ricardo Saldanha.

“Decidi declarar-me impedida, não porque me considere nessa situação – o bastonário nem sequer avança qualquer motivo concreto para o pedido de recusa – mas apenas, e tão somente, para a salvaguarda de um bem maior, o Conselho de Deontologia de Lisboa, a transparência das suas decisões, isentas, imparciais e independentes”, sublinhou Alexandra Bordalo Gonçalves.

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