PSD preocupado com perda de fundos europeus na linha do Algarve. Governo desdramatiza
Relatório sobre monitorização da execução dos investimentos ferroviários diz que há um atraso de dois anos e um trimestre entre a calendarização base e a atual na eletrificação do troço Tunes-Lagos.
O Relatório da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes alerta para o risco de algumas obras derraparem para 2024 pondo em causa o acesso a fundos europeus. Os deputados do PSD eleitos pelo Algarve estão preocupados que seja esse o caso da empreitada de eletrificação do troço da Linha do Algarve entre Tunes e Lagos, financiada com verbas do Compete 2020.
“A eletrificação da Linha do Algarve no troço Tunes-Lagos é fundamental para o desenvolvimento da região. Não podemos correr o risco de perder uma parte considerável da verba apenas porque os trabalhos estão atrasados”, alerta o deputado social-democrata Rui Cristina. “É necessário um compromisso do Governo para garantir que esta obra não fica, uma vez mais, parada por falta de verbas”, acrescenta.
Mas o Executivo rejeita que existam atrasos e que haja risco de se perder o acesso a parte dos fundos provenientes de Bruxelas.
“A modernização e eletrificação do troço Tunes-Lagos da Linha do Algarve foi consignada a 24 de junho deste ano. Os trabalhos estão a decorrer e serão realizados, na sua maioria, até ao final de 2023, pelo que serão elegíveis no âmbito da candidatura da Linha do Algarve ao COMPETE 2020, não estando em risco o valor da comparticipação aprovado nesta candidatura”, garantiu ao ECO fonte oficial do Ministério das Infraestruturas.
De acordo com o relatório divulgado no início de novembro sobre a monitorização da execução dos investimentos previstos e do estado de conservação da infraestrutura ferroviária existe um atraso de dois anos e um trimestre entre a calendarização base, definida no âmbito do lançamento do Plano de Investimentos “Ferrovia 2020” em fevereiro de 2016, e a calendarização apresentada pela IP, S.A. em março de 2022.
De acordo com o mesmo documento, no que diz respeito aos “principais riscos, condicionantes e incertezas na execução física”, a IP salienta “dificuldades dos projetistas e empreiteiros” e uma “eventual degradação do quadro macroeconómico e risco de trabalhos depois de 2023 no troço Tunes-Lagos”. Mas a empresa garante que, “nesta fase, não existem riscos assinalados” relativamente aos principais riscos, condicionantes e incertezas na execução dos fundos comunitários.
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