BCP reduz capital social para reforçar fundos elegíveis para dividendos
Banco vai reduzir o capital social em 1,7 mil milhões de euros com vista ao "reforço dos fundos suscetíveis de qualificação regulatória como distribuíveis".
O BCP anunciou a realização de uma assembleia geral de acionistas no próximo mês para reduzir o capital social em 1,7 mil milhões de euros, com vista a reforçar os fundos que possam ser canalizados para dividendos.
No próximo dia 20 de dezembro, os acionistas vão votar “a reformulação das rubricas de capital próprio, compreendendo o reforço dos fundos suscetíveis de qualificação regulatória como distribuíveis, mediante a redução do capital social em 1.725 milhões euros”, segundo comunicou o banco ao mercado. A instituição adianta que a redução do capital não vai alterar nem o número de ações nem a situação líquida do banco.
O BCP registou lucros de 97 milhões de euros até setembro, uma subida de 63% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado, apesar de positivo, foi afetado negativamente pelos problemas com o banco polaco Bank Millennium.
Este ano, o banco liderado por Miguel Maya pagou um dividendo de 13,6 milhões de euros aos acionistas, correspondendo a 0,09 cêntimos por ação, por conta dos lucros do ano passado.
O BCP encontra-se num quadro de incerteza entre os seus acionistas, nomeadamente com a Fosun, que detém quase 30% e está a vender ativos para fazer face à sua dívida, embora o grupo chinês tenha garantido que vai continuar no banco. Também a Sonangol está numa fase de desinvestimentos.
Além do tema da redução do capital social, a assembleia geral do BCP tem mais dois pontos na ordem de trabalhos: deliberar sobre a ratificação da cooptação pelo conselho de administração dos administradores Altina Gonzalez e Pedro Ferreira Malaquias para o mandato de 2022-2025 e ainda deliberar sobre a eleição de vogal suplente da comissão de auditoria para o mesmo período.
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