“É razoável assumir que exportações vão superar 45% do PIB”, diz presidente da AICEP

As exportações vão superar pela primeira vez os 100 mil milhões de euros, afirmou o presidente da AICEP. Luís Castro Henriques, que está de saída do cargo, diz que "está na altura de mudar".

As exportações vão superar pela primeira vez os 100 mil milhões de euros este ano, ultrapassando os 45% do PIB, adiantou o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, na apresentação de um protocolo sobre internacionalização entre a Business Roundtable Portugal e a agência de promoção do investimento e comércio externo.

“Pegando nas estimativas mais conservadoras, este ano vamos exportar mais de 100 mil milhões de euros”, afirmou Luís Castro Henriques. Em percentagem do PIB, o primeiro semestre terminou em 49% do PIB e o presidente da AICEP considera “razoável assumir que ficaremos acima dos 45%”.

António Costa Silva apontou no debate do Orçamento do Estado, no final de outubro, para uma fasquia ainda maior. “Vamos chegar ao fim do ano com exportações a representarem 49% do Produto Interno Bruto (PIB) português”, afirmou.

Luís Castro Henriques destacou o desempenho nas exportações de bens, “que ficam facilmente acima de 70 mil milhões, quase duplicando face a 2010″. Em termos globais, o crescimento das vendas ao exterior esperado é de 15%, “embora haja estimativas que apontam para 30%”, disse também Luís Castro Henriques.

Já há aqui uma mudança de paradigma muito relevante para o país. É preciso dar os parabéns ao esforço muito bem feito pelas empresas. O enquadramento não tem sido fácil, mas as empresas continuam a exportar e a ganhar quota”, destacou o responsável da AICEP, sublinhando que o conseguiram fazer apesar do choque transversal provocado pela subida dos custos da energia.

Luís Castro Henriques termina o segundo mandato como presidente da AICEP no final do ano e não irá continuar. “A missão julgo que foi cumprida. É altura de uma mudança”, afirmou. O responsável lembrou que quando chegou ao cargo, em 2014, Portugal era um “produto difícil”, depois do resgate da troika. “Mudámos o pitch, a abordagem e a metodologia. Duplicámos a atração de investimento.”

“Temos uma nova década com novos desafios. É preciso aumentar a notoriedade para subir na escala do preço e conseguir chegar com os nossos produtos ao consumidor final”, afirmou o presidente da AICEP.

Filipe de Botton, presidente da Logoplaste e coordenador do Grupo de Trabalho Globalização da Associação Business Roundtable Portugal, salientou que “há uma nova geração de CEO e de empresários que mudou o paradigma da gestão” e apontou ainda mais alto a fasquia para as exportações nacionais: “Temos de chegar aos 60% de uma Irlanda. Temos de ser capazes de lá chegar”.

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