Novas modalidades de apoio no gás natural têm “luz verde” de Bruxelas
Novos limites máximos de 2 ou 5 milhões de euros por empresa finalmente aprovados pela Comissão Europeia. “Já entrou em circuito legislativo e esperamos rapidamente ter isto no terreno”, diz ministro.
Acabam de receber “luz verde” da Comissão Europeia as duas novas modalidades de apoio às empresas no gás natural, em que o limite máximo pode ascender a dois milhões de euros por empresa ou a cinco milhões de euros caso sejam verificadas perdas de exploração.
O ministro da Economia, António Costa Silva, adiantou esta quarta-feira que essa negociação foi “concluída há poucos dias” em Bruxelas. “Estes processos às vezes demoram tempo porque configuram ajudas estatais e temos de ter a aprovação da Comissão Europeia. Mas o decreto de lei já entrou em circuito legislativo e esperamos rapidamente ter isto no terreno”, referiu o governante.
Em causa está uma nova modalidade de apoio de dois milhões de euros para todas as empresas que, neste contexto, registem custos expressivos relativamente à aquisição de gás; e outra de cinco milhões de euros de apoio específico para a manutenção da atividade industrial, para empresas com custos excessivos, perdas operacionais e em risco de paragem de atividade.
Estas medidas tinham sido incluídas no pacote de apoios para as empresas apresentado a 15 de setembro pelo Executivo socialista, visando ajudá-las a enfrentar o aumento dos preços da energia e dos custos de produção. No entanto, como o ECO noticiou, mais de metade do pacote de 1.400 milhões de euros ainda não saiu do papel, incluindo a linha de crédito a operacionalizar pelo Banco de Fomento e o programa de formação alternativo ao lay-off simplificado.
Na área dos apoios ao consumo intensivo de gás, outras duas alterações apresentadas nessa altura e que também exigiam negociação com a Comissão Europeia já tinham recebido aprovação em outubro. A ajuda por empresa foi alargada de 400 mil para 500 mil euros e a taxa de apoio que recai sobre a diferença entre os custos suportados em 2021 e em 2022 passou de 30% para 40%. Aplica-se às empresas cujos gastos com gás tenham aumentado para mais do dobro, com outra novidade a ser a extensão ao setor da indústria transformadora agroalimentar.
Esta quarta-feira, na conferência de imprensa conjunta com o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, em que anunciou um reforço do pacote de apoios à fatura energética para 3,5 mil milhões de euros em 2023, com mais 500 milhões sob a forma de uma ajuda extraordinária aos preços da eletricidade, o ministro da Economia fez o balanço deste programa Apoiar Gás, que tem uma dotação de 235 milhões de euros e que já vai no terceiro aviso, que está aberto até 30 de dezembro.
Nos dois primeiros avisos, fechados em junho e em setembro, foram recebidas 397 candidaturas e daí resultaram 381 ordens de pagamento no valor de 27,8 milhões de euros. Neste terceiro aviso já se candidataram 219 empresas e foram dadas 157 ordens de execução para o pagamento de 22,9 milhões de euros. Ou seja, até à data, já foram executados cerca de 46,9 milhões de euros, para um total de 582 candidaturas aprovadas.
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