Défice vai ficar abaixo do previsto este ano. Costa aponta para 1,5% do PIB
Primeiro-ministro antecipa novo resultado abaixo das previsões do Governo. Diz que situação com Pedro Nuno Santos foi "o único caso grave" do Governo de maioria absoluta.
António Costa garante que o défice das contas públicas de 2022 será, no máximo, de 1,5% do PIB. A informação é avançada em entrevista à revista Visão, que será publicada esta quinta-feira. A previsão inicial do Governo para 2022 apontava para um défice de 1,9%.
“Até agora, cumprimos sempre as nossas previsões. Para este ano, prevíamos um crescimento de 6,5% e agora já vamos em 6,7%. Tínhamos previsto um défice de 1,9% e, a 15 dias do final do ano, o défice não será seguramente superior a 1,5%“, refere o primeiro-ministro.
Já sobre as previsões de crescimento para o próximo ano e até 2026, António Costa sublinha que “vivemos uma época de incerteza”, pelo que é necessário “ter a cautela necessária para responder a qualquer cenário possível”.
Não obstante, o Chefe de Governo refere que o Governo se foi “adaptando”. “Há poucas coisas mais difíceis de gerir do que a resposta à inflação, sobretudo uma inflação como a atual, bastante atípica, pelo menos, na Europa, que é diferente dos EUA”, afirma, acrescentando que o objetivo é “fazer convergir as políticas orçamentais e a política monetária” e alcançar uma inflação de 2%, tal como recomendado pelo BCE.
O líder do Governo refere ainda que o episódio que praticamente levou à demissão do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, “foi o único caso verdadeiramente grave que aconteceu” nos primeiros nove meses do primeiro Governo de António Costa com maioria absoluta.
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