Peter Mandelson na administração da Global

O ex-comissário europeu do Comércio vai integrar a administração da Global Ports Holding, a empresa turca que gere terminais de cruzeiro em todo o mundo, incluindo Portugal.

O maior operador mundial de portos de cruzeiros, a Global Ports Holding, nomeou Peter Mandelson, o antigo comissário europeu do Comércio, para a administração. A contratação surge num momento em que a empresa está a preparar a ida para a bolsa de Londres. Tudo aponta para que o IPO aconteça este verão.

A empresa, sedeada em Istambul, não só nomeou Mandelson mas também Thierry Déau, fundador da Meridiam, a gestora de ativos francesa. O reforço dos quadros insere-se na estratégia de expansão internacional da empresa. Segundo uma fonte citada pelo Financial Times (acesso pago/ conteúdo em inglês) a escolha de Mandelson justifica-se pelas “relações internacionais” que o antigo comissário tem.

Tanto Mandelson como Thierry Déau aceitaram os cargos, segundo fontes do Financial Times, mas ainda não houve um anúncio oficial das contratações. O nome de Mandelson terá sido proposto pelo Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento que é também acionista da empresa. Mandelson, que foi também ministro britânico do Comércio, no Governo de Tony Blair, é presidente da Global Counsel, uma empresa de consultoria, e é também consultor do banco de investimento Lazards.

A Global Ports Holding começou como operadora do Porto Akdeniz, um porto comercial em Antalya, na Turquia, mas cresceu rapidamente e hoje detém concessões para operar terminais de cruzeiro não só na Turquia, mas também em Portugal, Espanha, Itália, Malta, Montenegro, Croácia e Singapura. A abordagem da Global é semelhante à dos operadores internacionais de terminais de contentores, como por exemplo a Hutchison Ports de Hong Kong, mas, até agora, nunca foi aplicada de forma sistemática aos terminais de cruzeiros.

Têm sido várias as indicações de que a Global Ports Holding pretende ser cotada em Londres, sendo que a avaliação da mesma ronda os 700 milhões de libras. As verbas que a empresa espera obter com esta operação serão utilizados para reduzir a dívida da empresa e ajudar na expansão da mesma.

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