Portugal cai 6 lugares no ranking de competitividade do IMD
Economia portuguesa caiu para o lugar 42 do ranking de competitividade mundial do IMD, entre 63 países. Política fiscal e práticas de gestão são as áreas onde Portugal sai pior na fotografia.
Portugal caiu seis lugares no ranking de competitividade mundial do IMD, liderado pela Dinamarca, com a economia nacional a recuar para a posição 42 entre 63 países avaliados. É o pior lugar desde, pelo menos, 2018. Política fiscal e práticas de gestão são as áreas onde o país sai pior na fotografia.
A economia portuguesa tem vindo a perder competitividade nos últimos anos. Já caiu nove posições desde 2018. Em 2022 não foi exceção: caiu em todos os principais indicadores avaliados anualmente pela escola de negócios suíça International Institute for Management Development (IMD), e da qual é parceira a Porto Business School, da Universidade do Porto.
Portugal cai 9 lugares em cinco anos
Em relação ao “Desempenho Económico”, Portugal baixou três posições para o 46.º lugar, com o sub-indicador “Economia Doméstica” a ter o pior registo (50.º lugar).
Também perdeu lugares na “Eficiência no Governo” e “Eficiência nos Negócios”, onde se posiciona agora nas posições 43 e 42, face ao lugar 38 do ano anterior. É aqui onde a economia bate mais fundo: nos sub-indicadores da “Política Fiscal” e “Práticas de Gestão” atinge a posição 56.
Já o indicador da “Infraestrutura” é onde Portugal sai melhor classificado (30), mostrando-se mais competitivo nos sub-indicadores de “Saúde e Ambiente”, “Educação” e “Infraestrutura Tecnológica”, onde surge no top-30.
Numa avaliação mais qualitativa, o IMD levantou uma série de desafios a Portugal:
- crescimento económico sustentável acima da média da União Europeia e dos seus pares;
- melhorar a qualidade da gestão através de uma estratégia nacional que promova a literacia financeira dos empresários;
- reforçar a estratégia nacional para a transformação digital e transição energética que ajude a competitividade das empresas;
- adotar reformas na justiça, saúde, educação e segurança social e almejar a sustentabilidade da dívida;
- alcançar um acordo interpartidário para lidar com questões demográficas urgentes do envelhecimento, baixa taxa de natalidade e migração;
Entre os fatores de atratividade-chave, Portugal é destacado pela “Mão-de-obra qualificada”, “Infraestrutura confiável”, “Competitividade dos custos”, “Atitude aberta e positiva” e “Estabilidade e previsibilidade política”. São os 5 indicadores de uma lista de 15 mais escolhidos pelos gestores.
Por seu turno, o fator “Competência da governação” recebeu zero respostas. “Regime fiscal competitivo”, “Ambiente legal eficaz” e “Dinamismo da economia” também foram fatores que passaram ao lado.
Fatores de atratividade
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