Paulo Portas entra no conselho de administração da Mota-Engil
Antigo ministro do CDS-PP vai ser administrador não-executivo do grupo de construção, a quem presta aconselhamento estratégico. Número de administradores sobe para 17 na era Carlos Mota Santos.
Paulo Portas, antigo líder do CDS-PP, que foi ministro dos Negócios Estrangeiros e vice-primeiro-ministro no Executivo de coligação liderado por Pedro Passos Coelho, vai integrar o conselho de administração da Mota-Engil, como administrador não-executivo, como já tinha sido avançado pelo Jornal Económico.
Em comunicado enviado à CMVM, a construtora confirma que o antigo governante, afastado da vida político-partidária desde que António Costa chegou ao poder, vai ganhar protagonismo na empresa com a ascensão de Carlos Mota Santos a CEO e chairman. Portas começou a colaborar com a empresa em 2016, prestando aconselhamento estratégico, focado nos mercados da América Latina.
A eleição de três novos membros para o conselho de administração da holding – os outros são João Pedro Parreira, responsável pela operação na América Latina; e José Carlos Pinto Nogueira, gestor mais ligado aos negócios em África – é um dos pontos da ordem de trabalhos da assembleia geral de acionistas convocada para 30 de janeiro.
Com Paulo Portas, João Pedro Parreira e José Carlos Pinto Nogueira, o conselho de administração vai passar a ser composto por 17 elementos. Recorde-se que em 2021, na sequência da concretização da entrada da China Communications Construction Company (CCCC) no capital – a quarta maior construtora do mundo detém uma participação de 32,41% –, o número de administradores tinha baixado de 20 para 14.
Quem está de saída do cargo de vogal do conselho de administração é Xiangrong Wang, que apresentou renúncia através de uma carta com data de 22 de dezembro de 2022, de acordo com o comunicado enviado esta sexta-feira ao regulador do mercado.
No início desta semana, a Mota-Engil anunciou que António Mota e Gonçalo Moura Martins vão cessar as funções como chairman e presidente executivo, respetivamente. No entanto, vão permanecer no próximo conselho, “doravante numa maior vertente de supervisão e estratégia, como vice-presidentes (…) desde logo dando o seu contributo ao cumprimento do Plano Estratégico Building 26”.
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