Costa Silva quer equipa que remate à baliza

Costa Silva saiu em defesa do secretário de Estado do Mar dizendo que “as pessoas só são culpadas quando são condenadas em tribunal” e que fica "triste" com "a cultura de suspeição generalizada".

O ministro da Economia considera que tem neste momento uma equipa coesa e focada, que remata à baliza e não passa a bola para trás. Instigado a explicar aos deputados as razões subjacentes à saída dos anteriores secretários de Estado João Neves e Rita Marques, António Costa Silva optou por não responder diretamente à pergunta.

“É uma questão ultrapassada”, disse aos deputados da Comissão de Economia e Obras Públicas. “Há que olhar para o futuro”, disse em resposta ao deputado do Chega, Pedro Pinto. “Tenho uma experiência de vida longa, sou um homem sereno e tranquilo e focado nos objetivos. A equipa do ministério é coesa, estável e dedicada ao trabalho e é isso o que nos move. Como todas as equipas, pode ter alterações. O que importa é o programa, a vontade e a dedicação”.

Perante a insistência do deputado, se em causa estiveram as “divergências” sobre a redução transversal do IRC – defendida por Costa Silva, mas contrária ao programa do PS –, Costa Silva defendeu a necessidade de ter “equipas que rematem à baliza e não passem a bola para trás”.

Pedro Pinto ironizou ainda que a expectativa seria a de que o elemento a sair da equipa seria o secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, já que este terá sido um dos principais visados no processo em que o Ministério Público investiga a Câmara de Viana do Castelo no período em que foi presidente da autarquia: entre 2009 e outubro de 2021. “Em causa, estão suspeitas de violação da lei da contratação pública em ajustes diretos e concursos públicos”, escreveu o Correio da Manhã.

Costa Silva saiu em defesa do elemento da sua equipa e recordou que “as pessoas só são culpadas quando são condenadas em tribunal”. “Para mim todos os cidadãos podem ser investigados, mas o secretário de Estado não foi constituído arguido nem acusado”, frisou Costa Silva aos deputados, acrescentando que o percurso profissional de José Maria Costa prova a sua extrema dedicação à causa pública.

Fico muito triste com um país que tem uma cultura de suspeição generalizada sobre tudo e sobre todos. Temos um Estado de Direito e um sistema judicial, quando as pessoas prevaricam são sancionadas”, sublinhou, concluindo que as pessoas só são culpadas quando são culpadas em tribunal.

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