Bankinter assegura que não marcará renegociações como malparado

Bankinter Portugal teve lucro antes de imposto de 78 milhões em 2022, mais 54% do que no ano anterior. Líder do grupo espanhol afasta mais aquisições no país. “Queremos crescer cliente a cliente”.

As novas regras para a renegociação do crédito da casa levantaram dúvidas sobre se atirariam os clientes para a lista negra da banca. O Banco de Portugal já disse que não. O Bankinter Portugal, que regista um cenário de “normalidade” nos pedidos de reestruturação, assegura que “não marcará como duvidosos ou em dificuldade”. “São renegociações regulares”, afiançou o CFO do grupo espanhol na apresentação de resultados.

“Não temos percecionado nenhum impacto negativo nos clientes [face à subida das taxas de juro]. Apenas normalidade”, adiantou Jacobo Diaz Garcia.

“Como vamos marcar as renegociações? Serão renegociações regulares. Não vamos marcar como duvidosos, nem como malparado ou como crédito à habitação em dificuldade. São renegociações regulares e vão ser tratadas assim. Precisam de acompanhamento especial, mas em nenhum caso mudaria as condições para os clientes”, assegurou o responsável, em declarações aos jornalistas.

Jacobo Diaz revelou que ainda que o banco não teve “pedidos relevantes” de clientes em stress até ao momento. “Mas faremos as coisas com diligência quando chegarem no futuro, analisaremos caso a caso”, frisou.

O diretor financeiro falava ao lado da CEO do Bankinter, María Dolores Dancausa, que voltou a elogiar o desempenho do banco português. O Bankinter Portugal, liderado por Alberto Ramos, registou um lucro antes de impostos de 78 milhões de euros em 2022, uma subida de 54% em relação ao ano anterior.

Portugal é uma história de sucesso. Depois de seis anos completos de operação, é um banco que adquiriu nome e reputação no país”, disse a líder espanhola.

Questionada sobre se o grupo pode comprar algum banco em Portugal, Dolores Dancausa afastou o interesse em aquisições no mercado português. “A nossa vocação é crescer de forma orgânica. O Bankinter Portugal foi uma exceção, com muito bons resultados. Estamos a consolidar a operação. Acreditamos que temos capacidade de crescer cliente a cliente, é o que gostamos de fazer”, assegurou.

Em Portugal, o Bankinter superou a fasquia dos 18 mil milhões de euros em termos de volume de negócio, incluindo uma carteira de crédito de oito mil milhões (5,6 mil milhões na banca comercial e 2,4 mil milhões na banca de empresas). Os recursos de clientes subiram 9% para 6,4 mil milhões, enquanto os fundos fora de balanço caíram 10% para 3,9 mil milhões.

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