Venda do banco brasileiro da Caixa volta a cair

Governo voltou a anular o processo de venda da Caixa Brasil, ano e meio depois do relançamento.

A venda do banco brasileiro da Caixa Geral de Depósitos (CGD) voltou a cair. O Governo anulou novamente o processo de venda da Caixa Brasil, cerca de ano e meio depois do seu relançamento, segundo a decisão tomada esta quinta-feira pelo Governo em Conselho de Ministros.

Desde 2017 que a Caixa tenta vender a sua unidade brasileira, uma das exigências do programa de reestruturação que o banco público já concluiu, entretanto. No primeiro processo, três candidatos perfilavam-se para a aquisição da instituição: Banco Luso-Brasileiro, do grupo Amorim, o Banco ABC Brasil e o fundo Artesia. Mas as propostas ficaram aquém do desejado e o próprio CEO, Paulo Macedo, chegou a comentar que também em Bruxelas, a Direção Geral da Concorrência (DG-Comp) entendia que a operação “não tinha de ser feita a qualquer custo”.

Em maio de 2021 o processo foi relançado, na expectativa de encontrar melhores condições de mercado para a conclusão da venda. Ano e meio depois, o concurso é novamente anulado.

Foi aprovada a resolução que determina a anulação do processo de alienação das ações representativas do capital social do Banco Caixa Geral – Brasil, S.A. detidas, direta e indiretamente, pela Caixa Geral de Depósitos, S.A., e de alienação da totalidade ou parte do capital social das sociedades detidas, direta ou indiretamente, pela Sociedade, incluindo a totalidade ou parte dos respetivos ativos”, adianta o comunicado do Conselho de Ministros, sem justificar a decisão.

Além do Brasil, o banco público também tenta vender um dos dois bancos que tem em Cabo Verde. Em julho passado, Macedo revelou que tinha a expectativa de relançar a alienação do Banco Comercial do Atlântico ainda durante 2022, ficando a aguardar decisão do Conselho de Ministros. “É relativamente pacífico que não faz sentido a Caixa ter dois bancos em Cabo Verde, e havendo interessados no processo, o processo seja rapidamente despachado. O timing será o Governo que definirá”, disse o gestor na altura.

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